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quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Aleluia!


Salvou-se o aspeto financeiro (o jogador custou 250.000 USD, vendido por 650.000 USD, e com a oscilação da taxa de câmbio acabamos por receber perto do triplo daquilo que pagámos, para além da receita do jogo particular que fizemos em Alexandria) de um processo que do ponto de vista desportivo foi nulo e em termos de danos para a imagem para o clube foi claramente prejudicial. É um alívio ver finalmente o fim desta novela.

terça-feira, 30 de junho de 2015

Um desafio para Rui Pedro Braz

Agora que estamos no defeso, a TVI24 substituiu o programa Contragolpe por outro chamado Mais Transferências, nome que não deixa grandes dúvidas em relação aos temas debatidos: análise das movimentações de mercado de jogadores, sejam elas reais ou virtuais, suportadas em comunicados oficiais ou simples rumores. 

Tratando-se então de um programa de transferências de jogadores, nada como iniciar o debate analisando a transferência de Godinho Lopes do Sócios do Sporting CP para o FC Sócios Expulsos. Justifica-se esta polémica venda do Sporting? Tem a palavra Rui Pedro Braz:


Começou bem. Dar como primeiro exemplo de más decisões de Bruno de Carvalho a venda de Daniel Carriço que, só por acaso, até foi vendido durante o mandato de Godinho Lopes, é um belo cartão de visita para a qualidade da análise que foi preparada e apresentada aos espectadores do programa. 

Depois seguiu para a venda de Arias - jogador que ganhava um salário exageradamente alto para o seu rendimento desportivo, que tinha passado uma época a jogar na II Liga - e não foi Bruno de Carvalho que o colocou no Sporting B, pois foi relegado durante a presidência de Godinho Lopes - e dificilmente poderia ser vendido por valores significativos. Como é evidente, numa época em que o clube foi forçado a cortar custos de forma radical perante o sério risco de ter que ABRIR FALÊNCIA, compreende-se a opção de vender - mesmo que por valores baixos - um jogador com um salário elevado que oferecia poucas garantias de poder devolver um rendimento desportivo proporcional.

E finalmente Shikabala. Este sim, indiscutivelmente um mau negócio de Bruno de Carvalho, que custou... €180.000. Estamos a falar num valor na casa das poucas centenas de milhares de euros, que - todos concordarão - estão um pouco distantes do buraco de €115.000.000 (cento e quinze milhões de Euros) que a gestão de Godinho Lopes ofereceu ao Grupo Sporting graças à sua competência, boa vontade e defesa intransigente dos interesses do clube.

Portanto, por cada Euro desbaratado por Bruno de Carvalho em Shikabala, Godinho Lopes queimou... 639.

Não sei se Rui Pedro Braz é casado, mas sugiro-lhe o seguinte exercício: um dia compre uma televisão LED de marca branca para colocar no quarto no valor de 200 Euros (aproximadamente o equivalente doméstico a 1 Shikabala para uma família de classe média) e avalie a reação da esposa. Se o relacionamento estiver a atravessar uma fase positiva, certamente que se mostrará compreensiva com o investimento. No dia seguinte, vá ao mercado negro comprar uma televisão, um leitor bluray e um sistema de som, tudo topo-de-gama da Bang & Olufsen, e mobília de designers de prestígio a condizer para enquadrar os novos equipamentos, pelo valor total de 127.800 Euros (o equivalente doméstico da gestão de Godinho Lopes). Depois de levar as coisas para casa e instalá-las, apercebe-se que NADA FUNCIONA. Dê a notícia à sua mulher e diga-me como foi a reação...

quarta-feira, 1 de abril de 2015

A entrevista de Bruno de Carvalho ao Record

Se tivesse que resumir em poucas palavras a entrevista de Bruno de Carvalho ao Record, diria que o facto mais marcante foi precisamente o facto de... não ter havido declarações propriamente marcantes.

Foi uma entrevista de balanço de mandato - em que poucas ou nenhumas novidades foram reveladas - e sobretudo virada para dentro, abordando todo o tipo de questões relacionadas com o Sporting, sem alfinetadas aos rivais. Mesmo na secção da entrevista destinada a analisar o relacionamento com Benfica e Porto houve um foco superior naquilo que une os clubes (nomeadamente nos grupos de trabalho que se forma para a resolução de determinados problemas do nosso futebol) e menos naquilo que os separa. Mais institucional, mais programada, menos imprevisível, em consonância com a nova estratégia de comunicação.

Não havendo propriamente muito sumo para se espremer, existem no entanto alguns temas que merecem alguma atenção. 


O relacionamento com Marco Silva

O ponto mais sensível das entrevistas teve a ver com o caso que houve com Marco Silva em dezembro. Bruno de Carvalho não se alargou muito em explicações sobre o que terá acontecido naquele turbulento fim de ano, apenas confirmando que Marco Silva nunca chegou a ser despedido (ao contrário do que apareceu na imprensa). No entanto, pode-se concluir pelas suas palavras que a possibilidade lhe terá passado definitivamente pela cabeça. Disse também que neste momento as relações com o treinador estão normalizadas - pelo menos do seu lado - e que em breve começarão a preparar a próxima época. 

Fica também muito claro que para Bruno de Carvalho não ganhar a Taça de Portugal simplesmente não é uma opção. O troféu terá que ir para o museu de Alvalade, não havendo qualquer atenuante que justifique um eventual fracasso. Resta saber, na eventualidade de tal situação se verificar, qual o impacto que isso poderá ter na continuidade do treinador.

Creio que todos os adeptos sportinguistas, desde os mais críticos aos maiores apoiantes do presidente, consideram a conquista da Taça o único resultado aceitável na prova. Não é uma questão de estarmos a colocar maior ou menor pressão nos jogadores, equipa técnica e direção, é mesmo uma obrigação atendendo às equipas ainda em prova - apesar de todo o respeito que merecem. Como tal, revejo-me inteiramente nestas palavras de exigência de Bruno de Carvalho.


A (não) admissão de erros cometidos

De forma indireta, Bruno de Carvalho admitiu que a estratégia que usou para gerir a derrota em Guimarães e o conflito com Marco Silva não foi a melhor, já que reconheceu que o impacto que ambos os episódios tiveram na opinião pública foram bastante para além daquilo que alguma vez esperou. Ou seja, não reconhecendo as suas palavras e estratégia como erros, chegou à conclusão que é preciso gerir melhor a forma como a mensagem se propaga. Como é evidente, a contratação dos consultores de comunicação é uma consequência direta dessa conclusão, e tem sido bem visível a sua influência ao longo das últimas semanas.

Também não dá o braço a torcer em relação ao fracasso que se revelou a contratação de Shikabala. É verdade, tal como diz, que do ponto de vista de gestão (financeira) as contas fazem-se no final. Se o jogador for vendido por um valor igual ou superior ao que o clube despendeu, nesse caso não se poderá dizer que seja um desastre. No entanto, do ponto de vista desportivo foi um fracasso óbvio. Em primeiro lugar porque foi um não fator na época de 2013/14, alinhando 15 escassos minutos na última jornada - e muita falta nos fez uma solução alternativa para o meio-campo. Depois, porque o seu desaparecimento (sem esquecer a rábula da retenção no aeroporto umas semanas antes) acaba por não ser uma total surpresa atendendo à fama que já trazia consigo.

Mesmo que o Sporting recupere o dinheiro, Shikabala será sempre uma contratação falhada. Com custos financeiros bastante moderados, é certo (o jogador custou €180.000, infinitamente menos grave que a compra de Pongolle, por exemplo), mas para todos os efeitos falhada. Teria ficado bem a Bruno de Carvalho admiti-lo. Ninguém está à espera que seja infalível.


Taça da Liga

Segundo Bruno de Carvalho, a Taça da Liga deixou de ser uma questão política. Honestamente, não compreendo porquê: a malta do dolo sem intenção ainda lá está toda, o respeito pelo Sporting continua o mesmo - ver a celeridade com que o próprio Bruno de Carvalho foi suspenso há um mês -, e a Liga e a Federação continuam a agir ao serviço de interesses que nada têm a ver com o dos clubes em geral - a ação interposta contra a proibição dos fundos é um bom exemplo.

Dito isto, e atendendo à pouca importância da Taça da Liga, gostaria de continuar a ver a aposta em jogadores menos utilizados ou da equipa B. Foi graças à Taça da Liga que se "descobriu" Tobias Figueiredo e que ficámos com a certeza de que há matéria-prima pronta a usar, como Wallyson e Gauld. Na eventualidade de chegarmos às meias-finais, não havendo restrições auto-impostas à utilização de jogadores, já se poderá incorporar alguns dos melhores jogadores disponíveis - desde que isso não comprometa as restantes competições.


Teto salarial

Pela primeira vez, Bruno de Carvalho afirmou que há flexibilidade para definir patamares salariais diferentes, desde que isso seja bem aceite pelo balneário. Ou seja, será possível pagar salários mais competitivos aos melhores jogadores do plantel (só em casos muito especiais, como é óbvio), permitindo eventualmente prolongar a sua presença no clube.

No verão passado falava-se que as contratações teriam um teto salarial de €300.000. Será que haverá maior flexibilidade também para reforços (realmente) cirúrgicos? Poderemos estar perante uma inversão da política de contratações do último defeso, em que se comprou barato e em quantidade, mas acrescentando pouco em qualidade no imediato?


Labyad e Nani

O regresso de Labyad é uma boa notícia, assumindo que esse será o desejo do treinador e que todas as questões financeiras estão definidas e aceites pelo jogador. O marroquino encontrará um clube bastante mais estável, com algumas referências no plantel que se foram formando ao longo das últimas duas épocas, e como tal terá condições bastante mais favoráveis para concretizar o seu inegável potencial.

O anúncio da saída de Nani é normal, já que seria irrealista esperar o contrário. A conjugação de fatores que nos colocou o craque à nossa disposição foi um pequeno milagre, e não faz qualquer sentido esperarmos que os astros se alinhem novamente em nosso benefício. Aproveitemos pois os jogos que nos restam. Nunca se sabe quando Nani tirará novos coelhos da cartola, como os fenomenais golos ao Maribor e ao Gil Vicente.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Eu, génio imprevisível


Eugénio Queiroz é um jornalista atípico. Tem um espaço no site do Record (Bola na Área) que aparentemente usa para publicar coisas que gosta de escrever mas que não têm lugar nas edições de um jornal mainstream como é aquele em que trabalha. Nesse espaço escreve sobre tópicos do mais alternativo que se possa imaginar (como as últimas previsões do bruxo de Fafe), mas também gosta de disparar na direção das grandes figuras do futebol português, com uma certa piada, sem papas na língua, e sem ser seletivo nos alvos da sua escrita - não parece interessar-lhe a cor do equipamento.

Ontem, a propósito de Shikabala (obrigado, Tiago), escreveu um texto intitulado "Shikabala e Bolinhos" (bom título) que, sendo perfeitamente razoável e com graça, acaba por descambar completamente no último parágrafo - ao nível de um certo ex-diretor recentemente afastado da liderança de um certo jornal desportivo.



Diz Eugénio Queiroz que lhe custa ver talentos desperdiçados especialmente por quem mais precisa deles (supõe-se neste caso que se trata do Sporting) para voltar a ser quem pensa que é mas já não é (assumo que Eugénio quer dizer com isto um grande clube). Ou seja, numa frase digna de um "eu sei que tu sabes que eu sei que tu sabes", o que eu interpreto é que Eugénio Queiroz acredita que os sportinguistas estão equivocados ao pensar que o Sporting poderá voltar a reclamar um lugar no topo do futebol português.

Não me apetece dar grande importância ao que foi escrito no último parágrafo, já que não tenho um particular talento para decifrar mensagens enviesadas emitidas por (eu)génios excêntricos. Talvez esta provocação final tenha sido uma espécie de homenagem a antigos colegas, ou uma algum tipo de compensação emocional causada pelo trauma psicológico de ver sair o seu antigo líder.

O Record passou a ser liderado por António Magalhães, Bernardo Ribeiro e Nuno Farinha, jornalistas de quem não me lembro de alguma vez demonstrarem falta de isenção (mesmo que não tenha concordado com algumas das suas opiniões e análises - anormal seria o contrário), e acredito que tentarão inverter a vergonhosa linha editorial seguida pelo seu antecessor. Como tal, não vejo nesta frase nenhum ataque institucional do jornal ao clube, e vejo-o mais como um caso que se enquadra na teoria do lone gunman.

O ex-n.º 1 está de malas aviadas depois de uma série de episódios que foram para além dos limites de tolerância. Isto é o que se conhece, mas muito mais haverá para contar e é isso mesmo que se espera dos jornais - que nos contem, e bem, estas histórias.

Voltando a Eugénio Queiroz, o que neste caso me faz espécie (gosto da expressão) é a incapacidade dos jornais e dos seus diretores e chefes de redação para domar este tipo de feras, ou seja, jornalistas especialmente talentosos mas com um génio imprevisível.

Custa-me ver talentos desperdiçados tão facilmente especialmente por quem mais precisa deles para voltar a ser aquilo que deve ser.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O tempo dos faraós já vai longe... - Capítulo II

                                                                                                                                             

Bem... confesso que esta história começa a ficar demasiado confusa para o meu limitado cérebro.

O empresário quer forçar a saída do jogador, que por sua vez prefere ficar no Sporting - ou então quer sair, mas não para o destino que o empresário deseja. É disso que estamos a falar?

Para além disso, segundo o comunicado, continuam as averiguações sobre os verdadeiros motivos que levaram Shikabala a ficar retido no Egipto. Falamos de um episódio que se sucedeu há um mês. Suponho que andem a peneirar a cidade do Cairo à procura de mais provas.

Já agora, não percebo porque é que o comunicado demorou 24 horas a sair. Noutras situações bem mais inócuas a resposta da direção foi bem mais célere...

O tempo dos faraós já vai longe...

                                                                                                                                                     
... e alguém esqueceu-se de o dizer a Shikabala.

Nunca tive muitas expetativas sobre aquilo que o egípcio poderia trazer para o Sporting. Na altura em que se anunciou a sua contratação preferi manter-me cauteloso porque vinha de um período demasiado prolongado sem competir e pelo feitio especial que se dizia que tinha. Mais tarde, devido à hesitação que Leonardo Jardim revelava em dar-lhe minutos, mesmo em jogos teoricamente mais acessíveis, o que seria sinal de que as carências táticas ainda estariam longe de ser compensadas pela fantasia e imprevisibilidade que seria as imagens de marca do jogador.

O único jogo oficial de Shikabala

Uma pré-temporada e um treinador mais tarde, Shikabala continuou a não demonstrar melhorias assinaláveis, mesmo tendo algumas oportunidades para jogar. O episódio da retenção no aeroporto foi outra bizarria inesperada que não augurou nada de bom para o futuro de Shikabala no clube - e confirmando-se que o jogador provocou a situação de forma consciente para prolongar a sua estadia no Egipto por mais alguns dias, deixa definitivamente de haver qualquer espaço para ele no Sporting.

Resta à direção procurar resolver rapidamente a situação, que será dificultada pelo problema dos quatro anos de contrato ainda por cumprir - olhando agora para essa decisão e sabendo o que se sabe, foi uma imprudência ter-se assinado um compromisso tão prolongado.

De qualquer forma não é nenhum caso para que se façam grandes dramas à sua volta: a direção viu em Shikabala uma oportunidade, arriscou e falhou. A intenção era boa - reforçar uma lacuna do plantel sem recursos financeiros - mas o resultado desiludiu. Sem dinheiro é mais fácil falhar do que acertar, mas felizmente o rasto deste tipo de falhanços acaba por não pesar muito nas finanças do clube. Que se tenham aprendido as lições devidas para que no futuro não voltem a acontecer.

P.S.: O mais curioso, no meio dos últimos desenvolvimentos, acaba por ser o facto de o comportamento de Shikabala ter sido denunciado por um dos empresários (Paulo Faria) que intermediou a vinda do jogador para Portugal. Este agente tem em carteira vários jogadores egípcios, mas também é o representante de Zezinho, que foi cedido ao AEL Limassol recentemente. Declarações destas não são feitas de forma inocente. O facto de o agente optar por se demarcar do jogador na praça pública significa que já percebeu que se trata de um caso perdido, preferindo salvaguardar-se junto da direção do Sporting para não comprometer oportunidades de negócio futuras.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Shika abala?

                                                                                                                                        
À medida que a fase de preparação se aproxima do final, começa a ser cada vez mais óbvio que Shikabala não será uma das primeiras (nem segundas) opções de Marco Silva para atacar as provas em que o Sporting vai participar nesta época.

Não tenho nada contra o egípcio, mas nunca partilhei da crença que muitos sportinguistas sempre demonstraram em Shikabala desde que se anunciou a sua contratação nos últimos segundos do dia 31 de janeiro, tal como não consegui compreender o clamor que se gerava sempre que o jogador tocava na bola durante os poucos minutos em que foi utilizado na última jornada contra o Estoril.

Ontem Shikabala foi utilizado a titular (e bem, tratando-se de um jogo realizado no Egipto), mas mais uma vez não demonstrou ser o jogador de que o Sporting precisa. A sua falta de adaptação não é caso único no plantel, é verdade, mas fará sentido manter Shikabala, um jogador de 28 anos com um feitio "especial", para ser uma 4ª ou 5ª alternativa para extremo (atrás de Carrillo, Capel e Mané, e se calhar até de Heldon) ou para a posição 10 (atrás de Martins, João Mário, Slavchev ou mesmo Montero)? Não faria mais sentido deixar esse papel para um jogador da nossa formação, como Ricardo Esgaio, Iuri Medeiros ou Filipe Chaby?

Shikabala foi um dos 24 jogadores apresentados na passada sexta-feira, mas com Rabia e com o defesa esquerdo que tarda em chegar, o tamanho do plantel subirá presumivelmente para 26 jogadores - o que é um exagero considerando a existência da equipa B. Parece-me que Marco Silva ainda terá algumas escolhas para fazer de forma a ajustar a quantidade de jogadores do plantel, e ficarei surpreendido se Shikabala não for um dos sacrificados pelo treinador.

Foto: Record

domingo, 15 de junho de 2014

Balanço de 2013/14: Médios


William Carvalho (***)

Sir William. Classe, classe, classe. Não vale a pena dizer mais nada.

Adrien (***)

O motor do Sporting. Fez uma época tremenda, em que juntou à sua fantástica capacidade técnica um espírito combativo impressionante. A única coisa que lhe tenho a apontar foi não ter apostado mais na meia-distância, que poderia ter ajudado a desbloquear jogos contra equipas mais fechadas. De qualquer forma, uma época tremenda.

André Martins (**)

Teve um excelente início de época, mas gradualmente foi-se apagando. Foi um jogador muito empenhado com excelente visão de jogo, mas faltou-lhe aproximar-se mais da área para aparecer mais frequentemente em zonas de finalização. No último terço do campeonato voltou a subir de nível.

Vítor (*)

Chegou para discutir o lugar com André Martins, mas acabou por não conseguir acrescentar grande coisa à equipa. A utilização irregular não o terá ajudado.

Gerson Magrão (*)

Começou a época a titular, mas ao fim de 30 minutos Leonardo Jardim apercebeu-se que era menos um elemento em campo. Voltou a ter várias oportunidades ao longo do ano, mas nunca correspondeu à aposta do treinador, que parecia ser a única pessoa com fé nas suas capacidades para acrescentar algo ao meio-campo do Sporting.

Shikabala (-)

Leonardo Jardim avisou logo, no momento da sua contratação, que o jogador precisaria de dois meses para estar em condições de jogar. A recuperação do jogador acabou por ser bastante mais longa do que isso, tendo jogado apenas 15 minutos na última jornada para se apresentar aos adeptos. Esperamos todos que seja um verdadeiro reforço para 2014/15.

domingo, 11 de maio de 2014

Mau capítulo final que não estraga o resto da história

Sobre o Sporting - Estoril                                                                                                                     
A época que o Sporting fez não merecia acabar desta forma tão desinspirada. A equipa entrou em campo claramente em modo férias, revelando desde cedo uma falta de atitude competitiva que o Estoril soube aproveitar da melhor forma.

Que os níveis de concentração não estariam ao máximo, já todos o esperávamos. O problema é que durante grande parte do jogo essa falta de concentração roçou a displicência, tornando a vida do Estoril demasiado fácil. A dificuldade que o Sporting teve ao longo da época em construir jogo contra equipas fechadas ficou totalmente exposta, pois a atitude, a garra, e a solidariedade dentro de campo que ajudou a resolver muitos jogos, desta vez ficou no balneário. Como tal, não há nada a dizer sobre a justiça da vitória do Estoril. A equipa de Marco Silva marcou cedo, e controlou muito bem o resto do jogo, conseguindo inclusivamente ter as melhores ocasiões de golo (com exceção do penálti falhado por Adrien). 


Não me parece no entanto que seja justo estarmos a tirar grandes conclusões deste jogo e da partida na Madeira contra o Nacional. Apesar de se tratarem de jogadores profissionais que têm a obrigação de dar o seu melhor em todos os jogos, a verdade é que era inevitável haver alguma descompressão após a obtenção do 2º lugar.

Salvou-se o muito público que se deslocou a Alvalade, com muitas famílias presentes, e que apoiou a equipa do princípio ao fim. 

Duas ressalvas apenas: parece-me inadmissível o tratamento que está a ser dado a Carrillo. Esteve mal no jogo o peruano, mas não foi o único a quem as coisas não correram bem. Infelizmente começa a não haver ambiente para continuar em Alvalade, o que é preocupante dado que se trata de um dos jogadores com mais capacidade para desequilibrar um jogo. Não é com assobiadelas monumentais que o ajudaremos a encontrar a consistência desejada. A outra foi a ovação a Shikabala. Está bem que há curiosidade para ver o que sabe fazer, mas sou só eu que achei completamente excessiva a forma como se saudou a sua entrada e as suas intervenções no jogo?

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Sporting nas compras

Os últimos dias foram férteis em notícias sobre jogadores apontados ao Sporting. Primeiro Dramé, que entretanto já está confirmado, e depois Shikabala.

Dramé parece ser uma aposta semelhante à de Enoh, uma contratação sem custos e de baixo risco, na esperança que o potencial que lhe é atribuído há anos finalmente se concretize. No entanto, tratando-se de um jogador que já tem 21 anos e que na última época apenas jogou 10 partidas oficiais numa divisão inferior italiana, não fico muito otimista.

Aliás, faz-me confusão o Sporting estar a contratar um extremo para a equipa B, porque se há posição que as escolas do Sporting sempre forneceram em quantidade e qualidade, é precisamente essa. Terá o jogador alguma característica que o diferencia dos restantes extremos da equipa B? Logo veremos.

Quanto a Shikabala, trata-se de outra entrada sem custos para o Sporting, mas em termos de risco a conversa é outra. 

Em primeiro lugar, olhando para os vídeos que podem ser vistos na internet sobre o jogador, é difícil não ficar entusiasmado. A velocidade e a técnica demonstrada são impressionantes (o golo mais espetacular que vi nesses vídeos por acaso é de Robinho, mas existem muitos outros que são fantásticos).

No entanto, quando alguém me mostra um vídeo do youtube como cartão de visita de um jogador, vem-me logo à memória um outro jogador: Freddy Adu. Quando veio para o Benfica, fiquei assustadíssimo ao ver inúmeras jogadas absolutamente impressionantes. Parecia um daqueles craques que ganham jogos sozinhos e valem campeonatos. Vários anos depois sabemos como acabou por correr a experiência de Adu em Portugal: 11 jogos pelo Benfica, 3 pelo Belenenses, e o balanço final foi uma tremenda desilusão.

Pelo que diz quem o conhece, Shikabala pode jogar quer pelas faixas quer pelo meio e parece ter qualidades que poderão ser muito úteis contra adversários mais fechados. Nesse sentido poderá preencher uma das principais lacunas do plantel do Sporting.

Na melhor das hipóteses, parece-me que será um jogador com um papel a desempenhar na linha de Slimani, ou seja, alguém que está no banco e que pode ser lançado nos últimos 30 minutos numa altura em que o desgaste é maior e os espaços começam a aparecer com mais facilidade. Uma 2ª pedra para o plano B poderá ser tremendamente útil.

No entanto, não nos podemos esquecer que Shikabala vem de um campeonato pouco competitivo para os padrões europeus e tem um historial de conflitos atribuídos ao seu temperamento complicado. Junte-se a isto o facto de ir integrar uma equipa rotinada com a época em curso com apenas mais 14 jogos oficiais para disputar até Maio, e temos montado um cenário pouco favorável para a afirmação do jogador. Para além disso, esperemos que a chegada do jogador não tenha um efeito negativo em André Martins.

É certo que esta mesma direção e equipa técnica acertaram na contratação em mercados menos populares como no caso de Maurício, que chegou da 2ª divisão brasileira, de Slimani, da liga argelina, e de Montero, da liga americana, mas também falharam em Magrão e Welder.

Mexer num plantel coeso a meio da época é uma jogada de risco, principalmente considerando que o clube não foi forçado a vender nenhum jogador importante. E também aumenta as responsabilidades do clube, pois será inevitável que a imprensa associe o reforço do plantel a uma escalada nas ambições para o campeonato.

Seria bom que Leonardo Jardim (não me passa pela cabeça que não tenha aprovado esta contratação) explicasse os motivos que levaram o Sporting a avançar para a contratação de Shikabala.

Resumindo, vejo tantos riscos quanto oportunidades com estas contratações. Preferia que não houvessem mexidas no plantel, a não ser que se tratasse da integração de algum jogador da equipa B, como Esgaio. Mas como é evidente, a partir do momento em que as novas contratações são anunciadas, fico desejoso de os ver em ação e espero sinceramente que me façam engolir as palavras que acabei de escrever. Nada me faria mais feliz.