Foi uma boa entrevista que a RTP fez ao presidente do Sporting no último sábado. Alguns dos temas levantados por Paulo Sérgio estão mais que batidos (candidatos ou não ao título, a presença no banco de suplentes), mas foram abordados outros assuntos bastante interessantes.
Tratamento da comunicação social ao Sporting
- Apontou o dedo às campanhas de Record e Correio da Manhã para desestabilizar o clube
- Classificou as notícias sobre a pressão da Doyen Sports para a venda de Rojo e sobre a insatisfação de William Carvalho com o seu salário como puras mentiras
Mercado de inverno e excedentários
- O Sporting não está nem comprador nem vendedor dos jogadores que pertencem ao plantel principal
- A saída de Rinaudo é uma exceção, podendo concretizar-se pelo desejo do jogador querer estar presente no mundial
- A integração de Elias na equipa B é natural, visto que está a ser negociada a venda do seu passe
- Existem clubes interessados por Jeffren e Labyad, não havendo qualquer hipótese de os dois jogadores virem a integrar o plantel principal
A mensagem aos sócios sobre o não cumprimento do objetivo das receitas
- Indicou que a ideia foi dizer a verdade aos sócios, referindo (e bem) que não compreende a rótulo de populista que lhe colocam quando não anda a vender ilusões a ninguém
- O não cumprimento desses objetivos não implica que o clube seja obrigado a vender qualquer jogador em Janeiro
- O apelo foi feito aos sportinguistas que têm possibilidade de ajudar o clube
- O objetivo principal da reestruturação é manter o clube com o controlo sobre a maioria da SAD
Formação
- A legislação atual não defende os direitos dos clubes formadores
- O Sporting procura defender também o interesse dos jogadores, dando exemplos sobre jovens que saíram à revelia do clube e cujas carreiras se afundaram (Bruma vs. Edgar Ié; Adrien vs. Fábio Ferreira e Ricardo Fernandes)
- Os jogadores jovens que abandonam o Sporting não têm noção, no momento em que tomam a decisão de sair, perdem o tratamento especial a que se habituaram na academia e passam a ser apenas mais um no meio de muitos
Propostas para melhoria do futebol português
- Segundo Bruno de Carvalho, as propostas de melhoria foram entregues à Federação, Liga, aos outros clubes e aos legisladores; vê como principal obstáculo o medo que clubes, dirigentes e árbitros tenham de represálias dos poderes dominantes
- Acha que a generalidade dos árbitros querem o apoio da tecnologia para decidir lances polémicos