Acabar com o jejum de golos e vencer por uma margem que nos colocasse numa boa posição na corrida pelo apuramento para a fase seguinte eram, para mim, os dois principais objetivos para o jogo contra o Marítimo. Nesse sentido, dificilmente o jogo poderia ter corrido melhor.
No entanto, o jogo que o Sporting realizou esteve longe do fulgor que o resultado sugere. Os primeiros vinte minutos foram muito bons, jogados com velocidade, com rapidez na recuperação de bola e obrigando o Marítimo a encostar-se à sua área. Um golo fantástico de Carlos Mané colocava o Sporting na frente com naturalidade, traduzindo a clara superioridade demonstrada até aí.
O bom Sporting acabou aí. A equipa entrou em modo de descompressão gradual, talvez mais preocupada com o próximo jogo com o Arouca, e deixou o Marítimo assumir as despesas do jogo. E a verdade é que o jogo esteve longe de ser controlado pelo Sporting, que revelou uma grande quantidade de falhas de concentração, coisa pouco comum nesta temporada. O Marítimo mandou efetivamente no jogo e dispôs de muitas oportunidades para marcar, podendo queixar-se da falta de eficácia na finalização e da brilhante exibição de Marcelo. E ficaram também com um penalty por assinalar a seu favor por mão de Slimani na área.
Pouco depois do início da segunda parte, um golo de Vítor matou o jogo e a cinco minutos do fim Rojo, após um canto de Jefferson, fez o resultado final.
Nota muito positiva para Marcelo Boeck, que fez um punhado de defesas de enorme nível. Cédric, Jefferson, William e Carlos Mané (este apenas na primeira parte) foram outras boas exibições.
Uma palavra final para o Marítimo, que na minha opinião não merecia perder por tantos golos. Tiveram muitas oportunidades para marcar, e com um pouco mais de sorte poderiam ter saído de Alvalade pelo menos com um empate. É bom, para variar, ver o Sporting ter a sorte do jogo do seu lado.