... e é português.
Ao nível de genialidade os Ronaldos brasileiros não devem nada a ninguém, mas não conseguiram manter-se tantos anos a um nível estratosférico como o nosso Cristiano.
A 2ª bola de ouro recebida hoje é justissíma e só peca por tardia. A partir do momento em que Messi venceu o troféu num ano em que o Barcelona não ganhou nada, abriu-se um precedente que permite ignorar os títulos alcançados com a equipa ou com a seleção e relevar exclusivamente a prestação individual do jogador. E nesse sentido, em 2013 ninguém se aproximou ao nível de Cristiano Ronaldo, pelos motivos que todos nós conhecemos.
A única coisa que ensombra esta vitória são os moldes em que a eleição é feita, e que devem ser revistos com urgência. Em vez de se premiar o mérito futebolístico, a Bola de Ouro passou a ser um concurso de popularidade em que os votantes parecem primeiro escolher os amigos, colegas, compatriotas ou simplesmente o mais simpático. E um prémio desta importância merecia um pouco de mais objetividade na escolha do melhor do ano.
Polémicas à parte, é um motivo de orgulho vermos um português que se transformou num ícone mundial receber esta distinção. E para os sportinguistas em particular, é um sentimento muito especial testemunhar este nível de reconhecimento mundial aos meninos que vimos crescer a envergar a nossa camisola.