Qualquer jogo em que o estado do relvado seja deplorável, como certamente será o caso do campo em que o Sporting jogará hoje, faz com que a diferença de qualidade entre os jogadores das duas equipas se reduza significativamente.
Mais do que um jogo de futebol, logo teremos oportunidade de assistir a um combate, em que vencerá quem tiver mais vontade e mais pernas, que certamente irão pesando mais à medida que o terreno for ficando mais pesado.
Felizmente, o Sporting tem sabido adaptar-se a estas circunstâncias. Por exemplo, contra o Gil Vicente, em que o árbitro permitiu variadíssimas entradas violentas sem que houvesse punição adequada (com exceção de uma rasteira violentíssima sobre William mesmo à sua frente). Ou, mais recentemente, com o Arouca, em que a equipa deu a reviravolta no resultado apesar do tenebroso estado do terreno naquele dia.
Temos muitos jogadores que atravessam um momento de forma longe do ideal, mas o que vamos precisar esta noite é de onze leões que corram, saltem e lutem mais do que o adversário. Se isso acontecer, e se não existirem outros fatores externos a condicionar a nossa equipa, certamente que conquistaremos os três pontos.
Espero também que os sportinguistas do Norte, e os que costumam acompanhar o clube para todo o lado, inclinem mais uma vez o ambiente para o nosso lado, como tão bem têm feito ao longo de toda a época. As ondas verdes que invadiram Coimbra, Faro / Loulé, Braga, Guimarães, Barcelos, Arouca e Penafiel também contribuíram para a excelente carreira que o Sporting tem conseguido fora de casa. Aliás, as vitórias que o Sporting tem conseguido fora de casa têm começado precisamente nesse extraordinário apoio.