Há três formas de encarar o negócio Otamendi. Escolham a que acharem mais adequada.
1. Excelente venda. Receber €12M por um jogador que, apesar de ter feito uma grande época em 2012/13, teve uma quebra de rendimento aterradora, e que joga numa posição onde o Porto tem muitas soluções. Para além disso, está a tapar Reyes, que custou €9M ao Porto e ainda não teve oportunidades para jogar.
2. Um mal menor. Receber €12M por um jogador que custou €8M significa que o clube apenas lucrou €4M, dos quais se terá que retirar as mais que habituais comissões de compra e venda. Nota-se que era um jogador em final de ciclo e, apesar de ter apenas 25 anos, dificilmente se valorizaria mais pelo que acaba por ser razoável vendê-lo com este encaixe.
3. Muito preocupante. É altamente penalizador para o Porto ter investido num jogador durante três temporadas e meia e acabar por conseguir um lucro de apenas €4M. O modelo de negócio do Porto exige margens de lucro brutais para sustentar os imensos custos que têm. Não esquecer que o Porto teve apenas €20M de lucro no último exercício, apesar de terem realizado vendas de cerca de €120M com Hulk, James, Moutinho e Álvaro Pereira (que representaram mais-valias de cerca de €60M). Um crónico titular render uma mais-valia de apenas €4M (menos comissões) ao fim de quase 4 anos não é suficiente. Se vendessem os onze titulares com essa margem, não chegaria para o clube ter um resultado positivo no final do exercício. Ah, e a cláusula de rescisão do Otamendi era de €30M. E ainda outra coisa, foi vendido ao Valência, que está a passar por uma gravíssima crise financeira. Será que alguma vez o Porto verá a cor do dinheiro?
EDIT: "A operação, que suscitou dúvidas em Espanha pelo facto de o Valência estar a braços com uma grave crise financeira, teve a intervenção de Jorge Mendes e do bilionário Peter Lim, um dos candidatos a assumir a direção do emblema do Mestalla", in O Jogo, hoje
Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira: duas faces da mesma moeda.
EDIT: "A operação, que suscitou dúvidas em Espanha pelo facto de o Valência estar a braços com uma grave crise financeira, teve a intervenção de Jorge Mendes e do bilionário Peter Lim, um dos candidatos a assumir a direção do emblema do Mestalla", in O Jogo, hoje
Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira: duas faces da mesma moeda.