Janeiro de 2012 |
Uma das coisas que nos últimos anos tem sido um padrão da política desportiva de Porto e Benfica é a contratação de ex-jogadores do Sporting, ou de jogadores que o Sporting mostrou interesse em contratar.
Mais do que o proveito desportivo que Porto e Benfica esperariam retirar dessas contratações, parece evidente que o objetivo principal passava por provocar novos tremores de terra em Alvalade, que abalassem ainda mais o frágil estado anímico em que o clube vinha vivendo.
Mais do que o proveito desportivo que Porto e Benfica esperariam retirar dessas contratações, parece evidente que o objetivo principal passava por provocar novos tremores de terra em Alvalade, que abalassem ainda mais o frágil estado anímico em que o clube vinha vivendo.
Só para dar alguns exemplos:
- Benfica contrata Pizzi, jogador em que o Sporting estava interessado
- Benfica contrata Sílvio, jogador em que o Sporting estava interessado
- Benfica contrata Fariña, jogador que a imprensa referia como sendo alvo do Sporting
- Porto contrata Liedson, ex-jogador do Sporting
- Porto contrata Izmailov, ex-jogador, do Sporting (a última vírgula desta linha não é um erro)
- Benfica contrata Djaló, ex-jogador do Sporting
Foram todas apostas ganhas, como se pode ver até agora. Sílvio vai sendo utilizado o suficiente para ambicionar estar presente no mundial (já que é um jogador benfiquista com utilização superior a 45 minutos nesta época). Liedson e Izmailov, sem querer, ganharam um campeonato. Liedson foi enxotado à primeira oportunidade, mas Izmailov continuou a fazer no Porto aquilo em que é especialista, ou seja, não jogar e não treinar.
Djaló, um projeto de estrela segundo Jesus, também não teve uma vida fácil. As oportunidades foram quase nulas: ao longo destes dois anos, foi utilizado em 5 jogos, apenas 1 dos quais a titular.
Mas a prova que Jesus acreditava realmente acreditava na ascensão de Djaló ao estrelato foi o facto de, desses 5 jogos, 2 terem sido contra o Sporting em Alvalade (onde o Benfica perdeu por 1-0) e na 2ª mão dos quartos-de-final da Liga dos Campeões contra o Chelsea (!!!), que ditaria a eliminação dos encarnados. Depois desses dois jogos, Djaló seria utilizado apenas mais uma vez.
O abalo que se perspetivava em Alvalade, aquando da ida de Djaló para o eterno rival, acabou por não passar de um simulacro de terramoto.
Entretanto, o jogodor atravessou um período de ano e meio de férias pagas. Mas finalmente o jogador conseguiu encontrar colocação, tendo ido por empréstimo para a MLS, para uma equipa chamada... San Jose Earthquakes. Que apropriado.