quinta-feira, 24 de abril de 2014

Um belo momento de convivência entre benfiquistas em festa

Como não poderia deixar de ser, a conquista do título nacional que o Benfica já não alcançava há quatro anos foi tema para uma série de programas especiais nos vários canais por cabo que compõem o panorama televisivo português.

Primeiro tivemos uma exaustiva cobertura da festa do título, em que dezenas de câmeras e jornalistas recolheram imagens e opiniões de milhares de pessoas em festa nos quatro cantos do país. 

Acabada a festa, os canais de televisão formaram painéis alargados de benfiquistas ilustres, que tiveram oportunidade de esmiuçar os méritos dos vários obreiros do título. Como é evidente, o sentimento generalizado foi de grande satisfação, capaz de encher a alma de qualquer telespectador benfiquista.

Felizmente que nestes programas, que acabam por ser muito semelhantes uns com os outros, há sempre alguns que se destacam dos demais. Um leitor anónimo chamou-me a atenção para este programa, transmitido há dois dias, em que podemos testemunhar um comovente momento de partilha e celebração entre dois conhecidos sócios benfiquistas:


De facto, nem um sportinguista como eu é capaz de ficar indiferente a este belo momento de televisão. Eu não sei o que disse Jaime Antunes, mas também não interessa. Apesar de raramente ver a CM TV, por vezes, quando faço zapping, vejo que está a dar o programa Mercado. E basta ficar 30 segundos à espera para ver este senhor, chamado Pedro Guerra, a tirar alguém do sério.

A causa da discórdia normalmente é sempre a mesma: alguém no programa atreveu-se a fazer qualquer tipo de crítica, ligeira ou contundente, à gestão de Luís Filipe Vieira.

As consequências também são sempre as mesmas: Pedro Guerra desvia o assunto para atacar o interlocutor com qualquer facto, rumor, invenção, ou calúnia, que não tem nada a ver com o que está a ser discutido, e que tanto pode ser de natureza clubística como, em alguns casos, um ataque pessoal.

Como é evidente, a vítima reage instintivamente à cretinice de que foi alvo, ao que Pedro Guerra contrapõe levantando ainda mais a voz com a repetição aleatória de algumas destas frases:
  • Tenha calma!
  • Respire fundo!
  • Não se enerve!
  • Eu sei que está nervoso...
  • Eu também tenho que o ouvir com indignação!

Desta vez por acaso a vítima foi Jaime Antunes. Normalmente o visado costuma ser Paulo de Andrade, mas creio que nem a Madre Teresa de Calcutá escaparia incólume se ousasse fazer um sereno comentário à simetria do corte de bigode de Vieira.

É que Pedro Guerra consegue ser mais vieirista que o próprio Vieira. Se existisse um clube de fãs do presidente do Benfica, Fernando Guerra teria que se conformar em ser o sócio nº 2. E digo mais: se já houvesse CM TV na altura em que o atual presidente do Benfica reconheceu o erro que foi despedir Fernando Santos ao fim da 1ª jornada, Pedro Guerra criticaria sem dó nem piedade essas palavras. Ninguém tem o direito de falar mal de Vieira, nem sequer o próprio presidente do Benfica.