Não querendo menorizar o papel que Rosell poderá ter na nossa equipa, este jogo serviu acima de tudo para nos lembrar o quão importante é a presença de William no onze. A forma como se desembaraça do(s) adversário(s) direto(s) e liberta a bola na frente será provavelmente uma das maiores fontes de desequilíbrios que temos disponível no plantel, a que se soma a sua enorme capacidade de varrer as iniciativas ofensivas das equipas que defrontamos.
A presença de William parece-me o principal ponto a reter de uma exibição que ficou alguns furos acima da que a equipa realizou contra o Gijon. O Sporting conseguiu criar mais oportunidades de perigo e podia perfeitamente ter marcado mais golos.
Para além de William, estiveram também muito bem Jefferson e Carrillo (o peruano apenas na primeira parte), com boas entradas em jogo de Mané e Slavchev.
Heldon teve duas partes completamente distintas: completamente desastrado nos primeiros 45 minutos, falhando um golo de baliza aberta e uma assistência "cantada", melhorando significativamente na segunda parte quando passou a haver mais espaço. Infelizmente as liberdades de que dispôs ontem para fazer estragos na defesa adversária serão uma raridade na época que se avizinha, pelo que não sei até que ponto terá lugar no plantel. É verdade que tem uma aceleração impressionante, mas desperdiça as ocasiões que cria tomando péssimas decisões no momento de soltar a bola.
Uma última palavra para Sarr, que foi titular no lugar de Rojo. Demonstrou excelentes pormenores ao longo da partida, mas cometeu duas falhas graves que poderiam ter custado caro à equipa, pelo que é necessário perceber se estes erros serão comuns nele ou se estamos perante um defesa capaz de manter a concentração durante os 90 minutos. Se for o segundo caso, Sarr poderá ser um enorme reforço a médio prazo.