Após uma ausência demasiado longa, o Sporting está finalmente de regresso às noites europeias e, em particular, à Liga dos Campeões.
Como é evidente, nos momentos que antecedem o apito inicial, não deve haver nenhum sportinguista que não sonhe com o apuramento para a 2ª fase. É claro que objetivamente aquilo que podemos e devemos exigir será o 3º lugar, pois o Chelsea está num nível à parte, e o Schalke, apesar de um início desapontante na Bundesliga, é uma equipa com muito talento e experiência que tem a obrigação teórica de assegurar o 2º lugar. Resta-nos procurar surpreender os adversários mais fortes para tentarmos fazer uma gracinha e aproveitar a competição para reforçar a experiência do grupo de jogadores que compõem o nosso plantel.
Claro que antes de tentarmos fazer quaisquer brilharetes que sejam, convém primeiro que conquistemos os três pontos no jogo de logo com o Maribor. Não acredito que seja um adversário fácil - a eliminação do Celtic é aviso suficiente para os levarmos bastante a sério - mas é uma equipa que não tem experiência nestes palcos (a última presença na LC foi há 15 anos) e vem de um campeonato bastante menos competitivo que o nosso. É verdade também que do onze do Sporting não há muitos jogadores com experiência europeia - apenas Rui Patrício, Adrien e Nani já jogaram na Champions, sendo que Cédric, André Martins e Carrillo já acumularam bastantes partidas na Liga Europa.
Daí que a obtenção da vitória no jogo de hoje seja um marco importantíssimo na carreira do Sporting nesta fase de grupos: pode ser um passo de gigante para a obtenção do objetivo mínimo (3º lugar) e permitirá que a equipa não se sinta tão pressionada para conseguir um resultado positivo com o Chelsea - para pressão basta o facto de estar a defrontar um gigante do futebol europeu que quererá arrumar a questão da qualificação o mais rapidamente possível.
Não creio que seja o melhor jogo para Marco Silva fazer grandes alterações. Em função da quantidade de jogo ofensivo que a equipa conseguiu criar no último fim-de-semana, creio que será de tentar consolidar rotinas e esperar que o poder de concretização não se mantenha no nível do passado mais recente.
Assim, a única alteração que faria seria colocar Cédric, caso esteja totalmente recuperado, no lugar de Esgaio.
Esperemos que a equipa entre sem grandes nervosismos, seja pelo peso do hino que ouvirão ao entrarem em campo, seja pelos empates acumulados no campeonato, e que aproveitem a oportunidade para honrarem o clube, para se valorizarem numa competição que é uma das maiores montras do futebol mundial e, porque não?, desfrutarem de uma ocasião com que certamente sempre sonharam e, ainda mais importante, proporcionarem algumas alegrias a todos nós que estamos e estaremos a sofrer sempre com eles.