Há várias figuras que encarnam muito daquilo que um jornalista não deve ser. Para mim, Bruno Prata é claramente uma dessas figuras: para além de ter um poder oratório que rivaliza com a de qualquer estudante universitário no final de uma noite na semana da queima das fitas, já nem se esforça por disfarçar os seus ódios de estimação: ontem, na RTP Informação, no "especial" de hora e meia sobre o (não) despedimento de Marco Silva, era indisfarçável a satisfação com que falava na turbulência do Sporting.
Nada que surpreenda vindo de um jornalista que um dia, qual miúda adolescente que joga ao Verdade ou Consequência, aceitou o desafio de um colega no intervalo de um programa para chamar em direto chefe de claque a Bruno de Carvalho.
É para mim um mistério como alguém como Bruno Prata é tão solicitado pelos vários órgãos de comunicação social. Ao menos que de vez em quando aprendêssemos alguma coisa ao ouvi-lo, mas nem isso. Vendo bem, não é um mistério assim tão grande, já que estamos num país em que fazer-se um programa embriagado num canal público não é motivo suficiente para se ser afastado.
Vem isto a propósito de um novo vídeo onde temos a oportunidade de apreciar as qualidades oratórias de Bruno Prata, colocado pelo blogue Com quem é que joga o Sporting: LINK.
Confundir Aloísio com Luisão não é fácil. Nem Afonso Martins com André Martins. Ou confundir Fábio Coentrão com um tal de "Abel" Coentrão. E sim, Bruno Prata é pago para isto...