Mais cedo ou mais tarde lá teria que acontecer. Manuel Mota foi nomeado para o jogo de amanhã para a Taça da Liga, voltando a arbitrar o Sporting mais de um ano depois da inqualificável arbitragem no empate caseiro que tivemos com o Nacional na época de 2013/14.
Sabendo que não é viável manter na jarra todos os árbitros que erraram contra nós - a lista é imensa e até existem alguns nomes que me assustam muito mais que Manuel Mota, como Vasco Santos, João Capela, Bruno Paixão, Bruno Esteves, Duarte Gomes ou Luís Ferreira - parece-me uma medida semi-corajosa e até sensata tentar relançar o árbitro em Alvalade num jogo que acaba por ter pouca importância. Convenhamos: seria bem mais arriscado e polémico se por acaso o nomeassem para o Arouca - Sporting do próximo fim-de-semana.
É justo que se diga que Manuel Mota tem tido prestações razoáveis (não isentas de erros, mas pelo menos sem a tendência para errar sempre para o mesmo lado como outros árbitros) nos jogos de Benfica e Porto. Curiosamente, o único jogo polémico que teve entretanto foi no Benfica - Rio Ave, em que o fiscal-de-linha anulou um golo aos visitantes sem que estivesse em condições de ajuizar devidamente o lance.
Claro que não estou a dizer que devemos esquecer aquilo que aconteceu no Sporting - Nacional e receber o árbitro bracarense com pétalas de rosas e musica de harpas e violinos. Para além de ter visto uma falta inexistente de Slimani no lance que potencialmente nos poderia dar a vitória e a liderança isolada no campeonato, Manuel Mota mudou pontualmente nessa partida o seu estilo disciplinar rígido (é dos árbitros que mais cartões costuma exibir) para uma arbitragem altamente permissiva para com o excesso de dureza usado pelos jogadores do Nacional.
É por isso uma nomeação que me traz sentimentos mistos. Vamos ver como corre amanhã.