O jornal Sporting publica na edição desta semana aquilo que já se tornou uma tradição desde o princípio de 2013/14: um quadro com todos os detalhes das transferências e empréstimos realizados pelo clube durante a janela de transferências que passou, incluindo não só os valores dos negócios mas também diversas cláusulas contratuais e comissões pagas a intermediários.
Poderão alguns de vocês perguntar-se porque é dedico um post a algo tão simples e básico que cabe numa metade de página do jornal do clube. Pois bem, escrevo-o porque na realidade é uma anormalidade no panorama do futebol português - só o Sporting o faz. E graças a isso nós sabemos com o que contar, enquanto que adeptos de outros clubes sujeitam-se a ir descobrindo cláusulas desconhecidas apenas à medida que os dirigentes se vão descosendo, quando a imprensa internacional revela dados novos através de outros interlocutores, ou quando fica de todo impossível mascarar alguns pormenores ou pormaiores nos R&C. "Há para lá umas cláusulas", dizia um presidente de outro clube há uns tempos, quando questionado sobre o futuro de um jogador emprestado. E foi com esse vago esclarecimento que os sócios desse clube tiveram que se contentar, até que uns meses mais tarde perceberam ao certo que cláusulas eram essas - depois do ato consumado.
É de louvar que a direção continue a praticar a transparência que tanto apregoa. Dar aos sócios todas as condições para avaliarem a política de contratações do clube é sinal de consciência tranquila em relação ao trabalho realizado e reafirma o compromisso de aproximar e envolver os sportinguistas na vida do clube.