1. O Benfica processou Jorge Jesus em 7,5 milhões de euros, argumentando que o treinador violou o contrato ao começar a trabalhar para o Sporting ainda durante o mês de Junho - altura em que se encontrava vinculado contratualmente ao clube da Luz.
2. Este processo vem na sequência das notícias que indicam que o Benfica não pagou o último mês de contrato a Jorge Jesus.
3. É um facto publicamente conhecido que o Benfica impediu Jorge Jesus de entrar no centro de treinos do Seixal no dia 4 de junho.
4. Bruno de Carvalho anunciou a contratação de Jorge Jesus para a época de 2015/16 no dia 5 de junho.
5. O Benfica oficializou a contratação de Rui Vitória a 15 de junho, numa altura em que o treinador principal ainda era Jorge Jesus. Ninguém com um pingo de bom senso acredita que Rui Vitória não tenha começado a trabalhar de imediato para o Benfica, já que se trata de uma prática comum no futebol moderno.
6. Jorge Jesus visitou a Academia do Sporting pela primeira vez no dia 17 de junho, após vários dias de férias no estrangeiro.
7. Jorge Jesus foi apresentado oficialmente a 1 de julho numa cerimónia apoteótica no Estádio de Alvalade.
8. Se o processo chegar a tribunal, será muito interessante acompanhar todas as revelações que serão feitas sobre o processo que levou Jorge Jesus a sair do Benfica. A tentativa de Vieira e Mendes colocarem Jesus num clube do médio oriente será exposta em tribunal e passará a ser inegável aos olhos do público e dos sócios benfiquistas, contradizendo a versão "oficial" que a máquina de comunicação do clube tem procurado vender.
9. Se o processo chegar a tribunal, o potencial para abrir outros processos por perjúrio será tremendo, atendendo à mitomania crónica que caracteriza a generalidade dos dirigentes benfiquistas.
10. Os pontos 8 e 9 são o maior indício de que esta ação do Benfica visa única e exclusivamente desestabilizar o treinador do Sporting, e de que as probabilidades de chegar algum dia a tribunal são ínfimas. Para além disso, a argumentação que João Gabriel apresentou é risível e é virtualmente impossível provar inequívocamente aquilo de que Jorge Jesus é acusado.
11. No improvável caso de o Benfica decidir levar esta ação até ao fim, Jorge Jesus só terá motivos para se preocupar se o juíz do processo for nomeado por Vítor Pereira.