quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Pirotecnia e folclore

Há menos de oito meses, depois de uma tarja no pavilhão da Luz que se regozijava pela morte de Rui Mendes na tristemente célebre final do Jamor e perante o que se passou no final do Sporting - Benfica...


... o Benfica reagiu desta forma através de João Gabriel, que acabaria por motivar o corte de relações entre os dois clubes:


Ontem, novo episódio a envolver adeptos do Benfica e pirotecnia, e de novo a terminar com feridos - neste caso uma criança espanhola. Desta vez o presidente benfiquista pediu desculpas pelo incidente.

Como é evidente, nenhum dirigente de um clube alguma vez conseguirá controlar o que todos os adeptos fazem dentro de um recinto desportivo. Mas existem formas e formas de reagir perante episódios destes. Desvalorizar o sucedido e provocar quem foi alvo desses ataques não é definitivamente a forma mais responsável de o fazer. Não fazer qualquer esforço para legalizar as claques também é outra atitude que leva a crer que qualquer pedido de desculpas que exista não seja sincero - apenas uma forma de tentar atenuar uma eventual penalização para o clube. Já se sabe que Vieira não é homem para grandes arrependimentos, segundo o que um tribunal uma vez apontou.

No espaço de oito meses tivemos estes dois casos provocados por adeptos do Benfica, mas a verdade é que qualquer dia o mesmo poderá acontecer com o Sporting. Ainda há poucos dias no Bessa adeptos sportinguistas atiraram tochas para o relvado. Em Alvalade é raro o dia de jogo em que não rebentem petardos, acionem dispositivos de fumo ou se acendam tochas na bancada. Felizmente até agora ainda não houve nenhum azar, mas deve ser só uma questão de tempo até nos estarmos a lamentar por um incidente parecido ao que aconteceu ontem em Madrid.