sexta-feira, 12 de junho de 2015

Ponto de não retorno


O TAS não tem meios para forçar testemunhas a comparecer nas sessões. Os que vão, fazem-no de livre vontade. A "notável" incompetência de Godinho Lopes até poderia ser esquecida com o tempo, mas testemunhar contra o próprio clube num processo desta natureza é, para mim, imperdoável. 

Infelizmente ao longo dos últimos anos passaram muitos incompetentes pelo Sporting, mas considero que a incompetência não é motivo para se expulsar alguém do clube. Aliás, desde que comecei a escrever no blogue, apenas por uma vez defendi uma situação de expulsão de um sócio: Paulo Pereira Cristóvão. 

Se Godinho Lopes e Nobre Guedes se sentem injustiçados pelas ações tomadas pela atual direção, devem fazer o seu combate nas Assembleias Gerais e nos tribunais, no âmbito das ações que os opõem diretamente ao clube. Até têm direito a fazerem os ataques que entenderem na comunicação social, por muito absurdos que sejam. Mas confirmando-se o testemunho voluntário destes ex-dirigentes (não coloco Pedro Sousa no mesmo saco, pois trata-se apenas de um ex-funcionário) num processo em que não estão diretamente implicados e que poderá penalizar o clube em milhões de euros, isso representa o atravessar de um ponto de não retorno que terá que culminar inevitavelmente na sua expulsão de sócios do Sporting Clube de Portugal.