Condenado à ausência do meu clube das competições europeias desta época, resta-me viver com a intensidade possível a carreira dos restantes clubes portugueses. Por isso aqui fica o meu desejo para o sorteio de logo da Liga Europa.
Para o Porto poderia calhar o Rubin Kazan. Nada melhor que uma visita em pleno Fevereiro à pitoresca República do Tartaristão, ali para os lados dos Montes Urais. Culturalmente seria enriquecedor para os portistas que se deslocassem a acompanhar a sua equipa. Poderiam não só fazer um intercâmbio de molhos (receitas de molho de francesinha por receitas de molho tártaro), como também teriam oportunidade de conhecer os bonitos monumentos que Kazan tem para oferecer aos seus visitantes.
Kazan também tem o seu Kremlin |
O meu interesse neste adversário é puramente cultural, nada tendo a ver com o facto de o voo demorar mais de 6 horas e de haver uma probabilidade de 90% de as temperaturas variarem entre -7º e -24º. Normalmente só há 3 dias em Fevereiro em que a temperatura baixa mais do que isso, pelo que não deve haver azar.
Para ao Benfica, nada melhor que jogar com o Anzhi. O clube que até recentemente pagava o maior salário a um futebolista (Eto'o), está agora em forte desinvestimento e ocupa um modesto 16º lugar no campeonato russo. Deverá ser presa fácil para o rolo compressor encarnado.
No entanto, uma visita a Makhachkala, capital do Daguestão, no norte do Cáucaso, nas margens do mar Cáspio, seria um aliciante adicional. É certo que se trata de uma cidade desconhecida para a maior parte das pessoas, mas as fotografias disponíveis na página da Wikipedia deixa água na boca perante as desconhecidas mas fascinantes paisagens que aguardarão os adeptos benfiquistas.
Fonte: Wikipedia |
Makhachkala pode não ter os monumentos imponentes de Kazan, mas tem outras vantagens: a viagem de avião é um pouco mais curta, a temperatura média é mais amena (temperatura média de 1º) e poderão ter a oportunidade sentir in loco a tensão política que existe com vários grupos separatistas islâmicos do Daguestão. Não contem no entanto com grandes levantamentos violentos, porque a presença militar russa no Daguestão é das mais fortes em todo o território.
Mas sempre dava para variar das sensaboronas viagens na fase de grupos a Paris, Atenas e Bruxelas.