Luís Sobral, na rubrica Desce no Maisfutebol, a 22 de Dezembro de 2013 |
Luís Sobral, na rubrica Desce no Maisfutebol, a 26 de Janeiro de 2014 |
Luís Sobral é um homem difícil de contentar.
Bruno de Carvalho iniciou o seu mandato a poucos meses do fim da época de 2012/13. Teve assuntos urgentes para tratar relacionados com a sobrevivência do clube. Creio que ninguém lhe poderá levar a mal ter demorado cerca de 9 meses a apresentar as propostas, atendendo que há presidentes que andam por aí há 10 ou 30 anos e que nunca mexeram uma palha nesse sentido.
Entretanto, o Sporting divulgou o tal documento. Parece-me que fez todo o sentido a sua apresentação imediata, já que nunca é cedo de mais para se discutirem melhorias do quer que seja. Ainda por cima falamos de temas cuja discussão, aperfeiçoamento e eventual aprovação será um processo que demorará largos meses, sendo totalmente impossível de serem tratados numa janela temporal apertada como a de Junho - Agosto.
Em relação à crítica ao momento que Luís Sobral fez, estamos conversados.
Quanto ao local, não estou totalmente em desacordo com Luís Sobral. Seria mais apropriado que a discussão fosse feita de forma mais formal no seio da Liga.
No entanto, numa altura em que a Liga de Clubes está em pé de guerra, com 14 clubes a tentarem a destituição da atual direção, parece-me que seria impossível conseguir-se um ambiente construtivo em que a discussão se centrasse apenas no documento apresentado e que deixasse de lado as recentes disputas pelo poder.
De facto, a reunião da semana passada não foi realizada no local ideal, mas foi o local possível. Para além disso, não invalida que seja discutida na Liga ou na Federação em tempo oportuno. E parece-me positivo que chegue à Liga já trabalhada pelo maior número possível de clubes, em vez de uma proposta de um clube isolado que não se deu ao trabalho de consultar outras sensibilidades.
Quanto à FPF, o Sporting já se deslocou à sede para apresentar o documento. Até a única reação conhecida é a do presidente do Conselho de Arbitragem, que foi o mais destrutiva possível. Vítor Pereira fez-nos o favor de relembrar que se estivermos à espera de consensos, nunca nada será feito, independentemente da forma da apresentação e do conteúdo do documento.