Já se sabe que no Benfica tudo é à grande e à francesa. É o clube dos recordes do Guiness. É um clube com 14 milhões de adeptos em todo o mundo (provavelmente qualquer indivíduo que alguma vez envergou uma t-shirt avermelhada é considerado um benfiquista), colocando-os num patamar onde talvez apenas o Flamengo possa ambicionar chegar. E é também o clube mais impoluto de todos e o farol da luta pela verdade desportiva, mesmo que inúmeras evidências apontem precisamente o contrário.
A generalidade dos benfiquistas é incapaz de reconhecer mérito nos feitos dos outros, relembrando constantemente glórias de há 50 anos para provar a sua superioridade sobre os outros clubes. E também são incapazes de admitir qualquer tipo de ajuda das arbitragens a seu favor, chegando ao ponto de distorcer a realidade e as regras do futebol de forma a poderem encaixar dentro da legalidade os lances em que foram beneficiados.
E agora, que estão com 7 pontos de avanço sobre o segundo classificado (que equivalem a 8, não se cansam de referir), estão amuadinhos porque o Sporting não reconhece a magnificência da sua superioridade e liderança. Vejam lá, o Sporting atreve-se a dizer que se fossem assinalados 2 penáltis claros (Rio Ave e Académica) e 2 golos legais anulados (Nacional e Setúbal) -- em jogos que acabaram empatados e que valeriam 8 pontos adicionais se não tivessem existido os erros dos homens do apito --, o título ainda não estaria entregue.
Mas nós, sportinguistas, temos que nos reduzir à nossa insignificância. É que também no departamento das lamúrias e da choraminguice temos muito a aprender com os benfiquistas. A capa mais abaixo do jornal O Benfica é disso um bom exemplo.
Os sportinguistas queixam-se de dois penáltis não assinalados e dois golos mal anulados? Os benfiquistas, como sempre, mostram como se faz. Dois penáltis é para meninos.
Junho de 2009 |