quinta-feira, 27 de março de 2014

Os padrões de exigência andam a baixar

A reação de Pinto da Costa à vitória de ontem sobre o #Benfica                                                                 
Não me lembro de Pinto da Costa alguma vez ter usado o termo "quase" em modo de autocongratulação no final de um jogo. No entanto, cá está ele na primeira página de O Jogo:


Sinal dos tempos. 

Ontem vi o jogo, com exceção do período entre os 10 e os 30 minutos da primeira parte, mas confesso que não me apercebi assim de tantos motivos para as celebrações portistas, nem para a edição laudatória de hoje do jornal O Jogo, onde se podem ler títulos como este:

"Uma noite à tricampeão"

"No Dragão ainda manda o campeão"

"E marcavam para as provas nacionais há um total de 43 partidas. Lá se foram os recordes..."

"O onze a que Jesus chamou álibi"

"Parece que o Benfica tem um problema para a segunda mão: já não poderá usar os fraquinhos"

É certo que tiveram 3 grandes oportunidades não convertidas (Varela, Jackson e Quintero), mas sem querer estar a fazer o papel de advogado do diabo, eu diria que um Benfica sem Enzo, Gaitan, Markovic e Lima, nunca será um adversário que justifique esta avalanche de elogios por parte de um jornal.

Na minha opinião, Jorge Jesus continua a fazer uma gestão muito inteligente dos jogadores. Assumiu que o campeonato é a prioridade e tem agido em conformidade, e com sucesso, pois não só acumulou uma vantagem confortável no campeonato, como ainda não comprometeu nenhuma das competições em que está envolvido desde que começou a rotação declarada da equipa (estou a excluir deste raciocínio a Liga dos Campeões, onde não existiram quaisquer poupanças).

Vejo por isso com estranheza as críticas de alguns benfiquistas por não ter colocado a carne toda no assador ontem contra o Porto. Tivesse Jesus poupado em algumas frentes no ano passado e muito provavelmente não teriam acabado a época de mãos a abanar.

Realmente há adeptos difíceis de contentar.