Ivan Cavaleiro, agora no Corunha, fez no passado fim-de-semana algumas declarações bastante pertinentes sobre a falta de oportunidades que os jovens da formação do Benfica têm na equipa principal. Nada que para a nossa comunicação social mereça um destaque ao nível do que foi dado a Eric Dier, no entanto. Os nossos jornais optaram por empurrar essas declarações para um canto pouco visível, não fossem as palavras de Cavaleiro incomodar alguém.
Perante a insolência demonstrada por Ivan, José Ribeiro, jornalista e subchefe de redação do Record, não hesitou em defender a sua dama: vestiu a sua reluzente armadura, armou-se escudo e lança, montou o seu fiel corcel e arrancou a galope na direção de Cavaleiro com o seguinte texto publicado na edição de hoje do jornal:
"Mas pelos vistos bastaram-lhe os elogios públicos de gente que muitas vezes trabalha com uma agenda... particular. (...) acreditando em tais opiniões, enredado na teia de interesses que se esconde por detrás desse tipo de comentários." - quando José Ribeiro escreveu estas palavras, estaria a referir-se a isto?
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Capa do Record, 7 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 8 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 10 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 14 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 17 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 19 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 20 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 21 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 22 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 23 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 27 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 28 de outubro de 2013 |
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Capa do Record, 30 de outubro de 2013 |
Treze (13!!!!!) chamadas de capa no espaço de 23 dias... não está mal, para quem nunca acreditou no valor de Ivan Cavaleiro.
Esta inacreditável e mal disfarçada campanha do Record para promover um dos ativos do seu parceiro de eleição (em outubro foi Ivan Cavaleiro, mas podíamos encontrar muitos outros exemplos ao longo do último ano) pode ser arrumada na mesma prateleira que o artigo de "opinião" de José Ribeiro - ambos dão imenso jeito para defender as mesmas teias de interesses e agendas particulares que o jornalista referiu. Que falta de vergonha...