A SAD portista anunciou há pouco uma AG extraordinária a realizar em outubro. No ponto 3 podemos ler que a SAD vai adquirir ao FC Porto (clube) 50% das ações da Euroantas, que é a empresa proprietária do Estádio do Dragão.
No ponto 4, lemos que o FC Porto (clube) subscreverá um aumento de capital da SAD de €37.500.000, sem direito a voto - o que significa que o FC Porto (clube) mantém apenas 40% dos direitos de voto na SAD.
Ao que parece não haverá injeção de capital na SAD. Os pontos 3 e 4 do comunicado estão ligados, ou seja, para que o aumento de capital aconteça é preciso que a venda de 50% do estádio do clube à SAD se concretize.
Ao que parece não haverá injeção de capital na SAD. Os pontos 3 e 4 do comunicado estão ligados, ou seja, para que o aumento de capital aconteça é preciso que a venda de 50% do estádio do clube à SAD se concretize.
Na prática, o clube perderá património e não ganha mais poder de decisão na SAD.
Curioso como se trata de uma operação semelhante à incorporação da Sporting Património e Marketing (detentora do Estádio Alvalade XXI) na Sporting, SAD, a realizar no âmbito da reestruturação financeira em curso. A ideia passa por aumentar o capital de forma a inverter os capitais próprios negativos - situação também conhecida como falência técnica.
No caso do Sporting, que vivia num estado de pré-falência, foi uma espécie de último recurso (a par das VMOC's e da entrada da Holdimo). No caso do Porto talvez seja um pouco mais surpreendente - principalmente para os mais desatentos - que se opte por esta medida.
Para além da incapacidade de reforçar o plantel com recursos próprios (recorrendo em grande parte a fundos), e hipotecando receitas futuras através da realização de mais-valias de jogadores (que darão proveito acima de tudo a esses mesmos fundos), vemos agora que o Porto recorre à alienação de património do clube para maquilhar a sua situação financeira. Definitivamente, saúde financeira não é isto.
No caso do Sporting, que vivia num estado de pré-falência, foi uma espécie de último recurso (a par das VMOC's e da entrada da Holdimo). No caso do Porto talvez seja um pouco mais surpreendente - principalmente para os mais desatentos - que se opte por esta medida.
Para além da incapacidade de reforçar o plantel com recursos próprios (recorrendo em grande parte a fundos), e hipotecando receitas futuras através da realização de mais-valias de jogadores (que darão proveito acima de tudo a esses mesmos fundos), vemos agora que o Porto recorre à alienação de património do clube para maquilhar a sua situação financeira. Definitivamente, saúde financeira não é isto.