Ontem, no Grande Jornal da Sporting TV, foi feita uma entrevista a Carlos Vieira, vice-presidente da área financeira do Sporting. Para quem não teve oportunidade de ver, fica aqui a entrevista completa.
Não foi uma entrevista na qual se tenham conhecido grandes novidades, mas gostaria de destacar dois pontos:
1. Fica subentendido que o facto de o Sporting ficar em 3º lugar (e como tal não garantir o apuramento direto para a Champions) não irá condicionar o investimento no plantel do próximo ano. O que poderá acontecer é - no caso de falharmos o apuramento à fase de grupos da Champions - o clube ser obrigado a vender jogadores para adequar os custos do plantel às receitas que sobram.
2. Os números já eram conhecidos, mas os quadros que foram mostrados pela entrevista conseguem sempre chocar-me. E convêm relembrá-los, para não nos esquecermos nunca da herança que foi deixada por uma sequência de direções irresponsáveis e incompetentes - que acumularam €180M de prejuízo entre 2009 e 2013.
Depois, a imensa redução de custos com pessoal e fornecimentos e serviços externos que foi necessário realizar. É incrível o que gastávamos em pessoal, não só no plantel mas principalmente nos restantes quadros da SAD - dirigentes, técnicos e outros funcionários: em 2011/12 custavam €19M, ou seja, quase tanto como custaram os salários de todos os jogadores durante a época passada.
Em €12M de reduções anuais, é normal que se tenham criado muitos anticorpos em alguns daqueles que foram afetados. Como é evidente, isso não justifica a imensidade de críticas gratuitas que nos habituámos a ouvir ao longo dos últimos dois anos a partir de determinadas bocas, mas ajuda definitivamente a percebê-las. E sabemos que a crítica destrutiva funcionam como os assobios no estádio: basta uma pequena minoria para fazer um barulho estridente.