Da mesma forma que o futebol do Sporting foi obrigado a emagrecer os custos devido ao buraco financeiro da SAD, também as modalidades foram obrigadas a apertar o cinto desde que a nova direção tomou posse. Não de uma forma tão radical quanto o futebol, é certo, mas nas épocas planeadas pela direção de Bruno de Carvalho registou-se uma redução orçamental nos custos com atletas de todas as modalidades na ordem dos 15%.
Apesar deste apertar de cinto, não se pode dizer que a competitividade das diversas equipas do Sporting tenha decrescido.
No atletismo, mantivemos a supremacia nas competições femininas (tanto em pista como em pista coberta). Nas competições mascúlinas não fomos capazes de destronar o Benfica.
No andebol a equipa manteve-se competitiva, tendo conquistado a Taça de Portugal e a Supertaça em 2013/14, tendo ficado muito perto de interromper a supremacia do Porto no campeonato na final dos playoffs em 2014/15.
Assistimos ao regresso do hóquei em patins como modalidade de alta competição, com a conquista imediata de títulos: a Taça CERS e a Supertaça. Para esta época espera-se uma aproximação competitiva em relação a Benfica e Porto, mas é utópico pensar que já estaremos em condições de disputar o titulo de campeão nacional.
No futsal vencemos o campeonato em 2013/14 e a Supertaça em 2013/14 e 2014/15, mantendo a tendência de repartição de títulos com o Benfica que tem sido regra na última década.
No basquetebol feminino, o Sporting irá participar esta época no principal escalão da modalidade.
Desconheço o valor dos orçamentos totais de Benfica e Porto para as modalidades, mas sei, por exemplo, que aquilo que tanto Porto como Benfica gastaram em andebol (cada um isoladamente) mais de metade daquilo que o Sporting gastou em todas as modalidades: futsal, andebol, hóquei em patins, atletismo, ginástica, natação, ténis de mesa, etc.. Ou seja, na comparação do Sporting com Benfica e Porto estaremos seguramente a falar de realidades completamente diferentes.
E se esta época o Benfica decidiu desinvestir fortemente no andebol, em contrapartida (ao que se diz) irá gastar dois milhões de euros nos salários de um único jogador de basquetebol. Isto representará confortavelmente mais de 50% dos gastos do Sporting com todos os atletas de todas as modalidades em 2015/16.
Nesta época existe no Sporting um objetivo assumido de aumentar a competitividade das modalidades, já que o orçamento total irá aumentar em cerca de 30% em relação ao ano passado. Há que dizer no entanto que este aumento orçamental é perfeitamente suportado pelo incrível crescimento das quotizações registado nos últimos dois anos: o valor previsto das receitas das quotas dos sócios ao longo desta época deverá ser 50% superior ao que o clube obtinha no momento em que a nova direção tomou posse (nestes cálculos já estou a considerar um balanceamento que compense o facto de o clube receber agora 100% das quotizações, contra os 75% que recebia em 2012/13, para que a comparação seja justa).