No dia 13 de maio de 2016, um conjunto de sócios benfiquistas criou o movimento "Benfica para a frente, Vieira a presidente". Como o próprio nome do movimento indica, a ideia passava por iniciar uma vaga de fundo que (tentem não se rir enquanto lêem isto) levasse Luís Filipe Vieira a aceitar recandidatar-se, implorando ao presidente que prolongasse por mais um mandato os enormes sacrifícios pessoais que tem feito para comandar a nau benfiquista.
No site criado para o efeito, o grito de apelo ao presidente era tocante.
Portanto, não fosse Vieira decidir que estava na hora de se reformar, este pró-ativo conjunto de cidadãos decidiu deitar mãos à obra. Alguns dias depois, o movimento foi apresentado aos benfiquistas e à comunicação social (passe a redundância).
No site criado para o efeito, o grito de apelo ao presidente era tocante.
Portanto, não fosse Vieira decidir que estava na hora de se reformar, este pró-ativo conjunto de cidadãos decidiu deitar mãos à obra. Alguns dias depois, o movimento foi apresentado aos benfiquistas e à comunicação social (passe a redundância).
Na linha da frente do movimento estavam ilustres figuras como Rui Pereira (antigo ministro), António Simões (velha glória do clube) e André Ventura (errrr... co-autor, com a taróloga Maya, de um livro qualquer sobre o Benfica).
Nessa conferência de imprensa, Rui Pereira explicou o propósito e a natureza do movimento:
Destas palavras de Rui Pereira, destaco o seguinte: "estamos aqui à sua revelia para o instar a continuar essa obra". À revelia de Vieira. Ficou claro que se tratava de um movimento espontâneo de associados preocupados, portanto, ao qual o presidente era totalmente alheio.
Ora, a determinada altura do programa Mercado de segunda-feira, enquanto se discutia o Jogo da Mala (versão "Carregados do Benfica"), Fernando Mendes meteu-se com André Ventura e a sua proximidade a Luís Filipe Vieira:
E André Ventura esclareceu a natureza do seu relacionamento com Luís Filipe Vieira da seguinte forma:
"Eu sou um dos coordenadores do movimento para a recandidatura de Luís Filipe Vieira. E por isso, é normal e natural que eu tenha que me encontrar bastantes vezes com Luís Filipe Vieira (...) para tratar dos aspetos (...) de campanha eleitoral que se aproxima. Aquela foto é uma foto de trabalho num momento de trabalho."
Não é surpresa para ninguém que este movimento de apoio à recandidatura tenha partido do próprio círculo do poder de Vieira (nem mesmo o mais inábil degustador de gelados deixaria que este corneto lhe fosse escorregar para o meio da testa), mas lá se foi, oficialmente, o pormenor do "à revelia"...