Renan - empréstimo com opção de compra de 1 milhão de euros; o Sporting paga 250 mil euros pelo empréstimo;
Sturaro - empréstimo sem opção de compra; o Sporting paga 2 milhões de euros pelo empréstimo;
N'Jié - fala-se que poderá vir por empréstimo sem opção de compra;
Gudelj - fala-se que poderá vir por empréstimo sem opção de compra; segundo a imprensa, o Sporting deverá pagar 3 milhões pelo empréstimo.
Acho muito bem que o Sporting contrate jogadores por empréstimo com opção de compra (mas mesmo opção, não com aquelas opções obrigatórias). Poder testar o material antes de passar o cheque é a forma mais segura de se fazer um negócio. Funcionou muito bem com Coates, por exemplo: rendeu, e por isso contratámos o jogador em definitivo. Também funcionou muito bem com Meli: não era jogador de futebol, e por isso foi à sua vida no final do empréstimo.
Penso de forma bem diferente em relação a empréstimos sem opção. Desportivamente pode ser útil em determinadas conjunturas, mas são, à partida, atletas que têm menos condições para serem bem sucedidos do que os outros que pertencem à casa. Quando as coisas não correm bem desde o início, há maiores probabilidades de se desmotivarem e de serem encostados pelo treinador. Campbell e Markovic são bons exemplos. Quando as coisas correrem bem, tira-se o proveito desportivo mas o clube voltará um problema para preencher a posição na época seguinte e não tira nenhum proveito de uma eventual valorização. Na época passada tivemos o exemplo de Fábio Coentrão.
Parece-me, por isso, que o Sporting está a exagerar no recurso aos empréstimos sem opção de compra. No caso do Gudelj, a necessidade é mais que evidente pelo que não discuto os contornos do negócio. Sturaro vem acrescentar qualidade no meio-campo (o que não é difícil), mas é um jogador na linha de Battaglia. N'Jié é um jogador veloz, mas não sei até que ponto é que será melhor que Raphinha e Matheus Pereira. Concretizando-se todos estes empréstimos, são pelo menos 5 milhões gastos que nunca recuperaremos (mais o que custar N'Jié, mais os salários), e é possível que, em função da sua utilização, atrasem a valorização de ativos nossos.
É uma política arriscada que apenas compensará caso esses jogadores tenham um contributo decisivo para sermos campeões ou nos qualificarmos para as pré-eliminatórias da Liga dos Campeões. Se não conseguirmos alcançar nenhum desses objetivos, esta aposta nos empréstimos corresponderá apenas a dinheiro gasto e a oportunidades de valorização perdidas.