Imaginar Lourenço Pinto a lamentar-se sobre o facto de a pressão exercida sobre a arbitragem poder ter influência no resultado de um jogo de futebol é a mesma coisa que imaginar Josef Mengele criticar o cozinheiro de um restaurante por ter carregado no picante e tê-lo deixado indisposto do estômago.
No entanto, cá está ele a abrir a boca. Não Josef Mengele. O outro.
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Este distinto senhor foi presidente do Conselho de Arbitragem durante alguns dos anos mais vergonhosos da história do futebol português, sendo uma peça fundamental no estabelecimento da hegemonia do Porto no início da década de 90.
Segundo Carolina Salgado, foi Lourenço Pinto que avisou Pinto da Costa que a PJ lhe iria fazer uma visita ao domicílio, na altura em que rebentava o escândalo do Apito Dourado. Desconhece-se se foi Lourenço Pinto que sugeriu a Pinto da Costa uma visita de lazer a Vigo nesse mesmo dia.
Agora é presidente da Associação de Futebol do Porto, e sente-se com elevação moral suficiente para dar este tipo de sermões.
Se Mengele fosse vivo e olhasse para esta foto, diria que poucas vezes teria feito experiências em cadáveres em tão mau estado. Infelizmente, a integridade moral deste cidadão ainda está pior estado que o seu aspeto físico. Não é caso único para aquelas bandas.