sábado, 18 de outubro de 2014

O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso.

                                                                                                                                                                 
A frase de Bill Shankly assenta que nem uma luva ao jogo de logo. Não pelas questões de vida ou de morte que possam decorrer da tensão pré-jogo (desejo obviamente que tudo corra pelo melhor), mas pelo que estará efetivamente em causa dentro das quatro linhas e pela repercussão que uma vitória ou eliminação poderá ter no futuro imediato não só do Sporting, mas também do Porto.

A tarefa é a mais árdua que nos poderia calhar: jogar no Dragão (é indiscutível que o Porto é a equipa portuguesa mais difícil de defrontar no seu terreno), num jogo a eliminar, contra uma equipa com um orçamento imensamente superior e com jogadores de talento inquestionável, será uma tarefa herculea para os nossos jogadores. E se Jorge Sousa  entrar em campo em modo Super Dragão, as hipóteses de nos apurarmos para a fase seguinte da competição diminuirão de forma significativa. Aí ficará ao nível de um Benfica - Sporting com Capela a apitar.

Sermos eliminados numa fase tão prematura será sem dúvida um golpe duro, em função das ambições que tínhamos para esta época. No entanto, imaginem as ondas de choque que percorrerão os corredores do Dragão se conseguirmos lá chegar e, contra tudo e contra todos, vencer a eliminatória. Depois de tudo o que se disse e escreveu sobre as duas equipas, será um momento sublime.

É um jogo em que tenho muitas expetativas em relação ao que Marco Silva poderá fazer para tentar inclinar o campo a nosso favor. O nosso treinador sabe o que é ganhar no Dragão, tem uma ideia de jogo vencedora, tem sabido desenvolver a competência da equipa de jogo para jogo e certamente que não hesitará colocar a carne toda no assador. Isto não é jogo para poupanças - deixemos a rotatividade para outros. Eu entraria em campo com esta equipa:


Apenas coloco algumas reservas em dois casos: Slimani e Carrillo tiveram pouco tempo para descansar. Como Montero parece estar a recuperar a motivação perdida e tem características que poderão ser bastante mais úteis neste confronto em particular, apostaria no colombiano. Até pelo efeito surpresa. No caso de Carrillo, não tendo um substituto capaz de oferecer o mesmo à equipa, será de lhe dar a titularidade caso esteja em condições.

No centro da defesa preferiria Paulo Oliveira e Maurício. A ameaça do Porto não está nas bolas aéreas, pelo que os escolheria sobre Sarr. Não se pode no entanto ignorar o facto de que Oliveira e Maurício nunca jogaram juntos, o que será certamente uma questão que Marco Silva não deixará de considerar.

Nas bancadas, partindo do princípio que a PSP deixará os 4.000 leões chegar a tempo ao jogo, estará um apoio tremendo que fará tudo para carregar a equipa na direção da vitória. Seguramente que não será por aí que deixaremos de conseguir os nossos objetivos.

Sacrifício, concentração e, acima de tudo, muita cabeça fria, serão ingredientes essenciais para sairmos vencedores do Dragão. A tarefa é complicadíssima, mas acredito que os nossos rapazes deixarão tudo em campo para conseguir vencer a eliminatória. Se isso acontecer será meio caminho andado.