Depois do muito saboroso e moralizador triunfo no Dragão, vem em boa hora aquele que poderá ser o jogo que ditará o nosso futuro na Liga dos Campeões. Uma vitória será um passo enorme no sentido da qualificação para a fase seguinte, enquanto que uma derrota provavelmente nos condenará à luta pelo 3º lugar.
Uma coisa é certa: defrontaremos logo uma equipa que tem muita experiência de Liga dos Campeões. Nos últimos quatro anos o Schalke qualificou-se por três vezes para a fase a eliminar, sendo que em 2010/11 conseguiu inclusivamente atingir as meias-finais, onde caiu aos pés do Manchester United de... Nani.
Uma equipa com esta experiência, a jogar no seu estádio e que tem dois campeões do mundo (Draxler - que aos 17 anos foi titular na 2ª mão das meias-finais contra o Manchester United - e Howedes) e uma série de outros jogadores de grande classe nunca será poderá ser considerada um adversário acessível. Pelo contrário, trata-se de uma das equipas mais fortes de um dos campeonatos mais competitivos do mundo, e a atual classificação da Bundesliga não lhes faz justiça.
Apesar de achar que os alemães são favoritos, não se justifica que encaremos esta partida com qualquer tipo de fatalismo. O crescimento do Sporting tem sido visível e os níveis de confiança não poderiam estar melhor, pelo que teremos certamente argumentos para discutir o jogo com os alemães.
Em relação ao onze que entrará em campo, colocaria apenas Carrillo no lugar de Capel e Slimani no lugar de Montero. O peruano tem sido simplesmente um dos nossos melhores jogadores, e a força e centímetros de Slimani poderão ser muito úteis contra uma equipa fortíssima nas bolas paradas. Apesar disso, espero que Marco Silva mantenha a aposta na dupla Oliveira / Maurício - aquilo que Sarr nos poderá dar nas bolas paradas defensivas não compensa a falta de maturidade que o levou a sair do onze. É hora de consolidar a dupla que esteve bastante bem contra o Porto.