quarta-feira, 27 de maio de 2015

A 2ª volta do Sporting

Devem ter sido poucos os sportinguistas que ficaram satisfeitos com a qualidade exibicional na equipa durante a 2ª volta. Depois de duas vitórias esforçadas mas pouco brilhantes contra Académica e Arouca, atravessámos um período horrível que começou com o empate com o Benfica, continuou com novo empate em Belém e terminou com uma pesada derrota no Dragão. Pelo meio ganhámos ao Gil Vicente e fomos eliminados da Liga Europa pelo Wolfsburgo.

Desde a derrota no Dragão, altura em que nos vimos arredados da luta pelos dois primeiros lugares, o futebol foi quase sempre pouco convincente. Mas a verdade é que dessas 11 partidas acabámos por vencer 9, sendo que no empate em Paços de Ferreira a equipa até fez mais que o suficiente para obter uma vitória folgada.

Mas olhando para o comportamento das equipas da I Liga na 2ª volta, vemos que o Sporting acabou por ter uma prestação ao nível de Benfica e Porto:


Mesmo considerando que tivemos uma defesa demasiado permeável para uma equipa com as nossas ambições (15 golos sofridos contra 9 do Benfica e 4 do Porto), isso acabou por não corresponder a uma perda de pontos adicional.

Estes números reforçam a ideia de que perdemos o comboio graças aos empates caseiros que cedemos durante a 1ª volta: Belenenses, Porto (em que podíamos ter acabado com o jogo durante a 1ª parte), Paços (que na realidade só não ganhámos por causa de um golo mal anulado a Montero perto do fim) e Moreirense. Todos esses empates antecederam ou seguiram-se a jogos europeus, o que parece implicar dificuldades da equipa técnica e / ou jogadores em mudar o foco entre o campeonato e competições internacionais. Creio que não terá sido tanto uma questão de gestão física do plantel, pois na minha opinião essa questão só se colocou realmente em fevereiro e no princípio de março, numa altura em que jogámos consecutivamente uma série de partidas decisivas e de intensidade elevadíssima sem qualquer pausa a meio da semana.