quarta-feira, 24 de junho de 2015

Balanço de 2014/15: Avançados



Fredy Montero (**)

Época intermitente em que acabou por conseguir uma média de golos interessante. Confirmou-se que não é homem para ser o ponta-de-lança num sistema de 4-3-3, por gostar de participar demasiado na construção e menos na finalização. Promete encaixar bem melhor num eventual sistema 4-4-2 de Jorge Jesus, onde a sua inteligência e capacidade de remate de meia-distância serão seguramente mais-valias melhor aproveitadas.


Islam Slimani (***)

A época começou da pior forma com a birra que o afastou do onze nas primeiras duas jornadas. Depois de resolvido esse assunto esteve em excelente plano. Podem apontar-lhe vários defeitos, mas mesmo estando numa fase mais desinspirada consegue ser sempre útil à equipa. Um autêntico mouro de trabalho que nunca dá um lance por perdido e desgasta as defesas adversárias, e que está sempre disponível para recuar no apoio à construção e disparar de imediato na direção da área para finalizar. A conquista da Taça de Portugal deveu-se muito à sua raça e vontade. Não fosse a longa lesão contraída na CAN e poderia ter tido números fantásticos.


Junya Tanaka (*)

Tirando aquele golo em Braga, não conseguiu deixar a sua marca. O facto de ter tido uma utilização irregular não ajudou, mas a verdade é que não é o ponta-de-lança (que não é a sua posição, na realidade) de que o Sporting precisa, apesar do seu bom pontapé. Mesmo assim é justo referir que conseguiu uma boa média de golos.


André Carrillo (***)

Ao fim de 3 épocas no Sporting, esta foi a da total afirmação do peruano. Conseguiu finalmente aliar a genialidade à regularidade, e foi confortavelmente o líder das assistências. Se renovar será um enorme reforço para a próxima temporada.


Nani (**)

A sua vinda para o Sporting foi a grande surpresa da época e não demorou muito tempo para corresponder às nossas melhores expetativas. Conseguiu ser o principal desequilibrador da equipa mais pela forma como pensava o jogo do que pela explosividade das ações, elevando claramente o patamar exibicional coletivo para outro nível. Passeou classe até à sua lesão no Bessa. Infelizmente, o Nani que regressou algumas semanas depois não foi o mesmo. Apesar de ter conseguido marcar a diferença em vários jogos, esteve muito longe do brilhantismo que revelou antes. De qualquer forma deixará saudades.

 
Carlos Mané (**)

Apesar de não ter tido a evolução que se esperava do ponto de vista exibicional, Mané teve números muito interessantes (9 golos e 4 assistências). Parece atravessar uma fase de indefinição em relação à posição que deve ocupar em campo, mas justifica que se continue a apostar nele. Teve o seu momento mais alto ao marcar o golo do empate na Choupana, na 1ª mão das meias-finais da Taça, numa altura em que jogávamos em inferioridade numérica, abrindo-nos as portas para as finais. E na final da Taça esteve também em muito bom nível desempenhando um papel mais defensivo.



Diego Capel (*)

Mais uma época dececionante. O salário elevado que aufere aconselha que se encontre outro clube para prosseguir a carreira. 

Heldon (-)

Fez a primeira jornada como titular mas teve uma exibição desastrada que o retirou das opções de Marco Silva. Pode ser um jogador muito útil para equipas que procurem explorar o contra-ataque, mas não encaixa bem em equipas obrigadas a jogar contra adversários muito fechados.