quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Boas experiências

Jesus já tinha prometido várias alterações no âmbito da secundarização da Liga Europa face ao campeonato e cumpriu. Mas não se limitou a fazer troca por troca dentro daquelas que têm sido as soluções utilizadas até agora. É que para além de dar minutos a William, Jonathan e Tobias, colocou Teo como homem mais avançado, Ruiz no seu apoio, Matheus a fazer de Carrillo, e pode-se dizer que a experiência resultou muito bem. O Sporting conseguiu os melhores 45 minutos desde a 1ª parte contra o CSKA em Moscovo, dominando completamente o Besiktas e tendo oportunidades suficientes para matar o jogo durante a 1ª parte. Falhou a finalização e, mais uma vez, e a equipa acabou por pagar por isso.

Positivo

As experiências - Bryan Ruiz no meio foi incomparavelmente superior ao Bryan Ruiz encostado numa ala. Teo Gutierrez a 9 conseguiu movimentações muito interessantes. Matheus deu uma enorme dinâmica, não tendo qualquer problema em pisar terrenos interiores. Duas soluções e meia (não três - ver 1º ponto negativo) que seguramente Jorge Jesus não terá deixado de observar e considerar num futuro muito próximo.

Os substitutos - Jonathan não esteve brilhante, mas teve uma exibição bem melhor do que as de Jefferson nos últimos jogos. Tobias, que terá que assumir a titularidade face à lesão de Paulo Oliveira enquanto Ewerton não regressa à forma ideal, fez um bom jogo. William foi William enquanto teve pernas, mas é normal que ainda não tenha o ritmo necessário para aguentar os 90 minutos. 

A estreia de Matheus - este menino já só volta à B para não perder o ritmo. Grande atitude, grande discernimento em praticamente todas as ações que fez. E fez o passe para o golo de Bryan Ruiz.

O empate, pensando no 2º lugar no grupo - empatar na Turquia acaba por ser um resultado positivo, já que o Besiktas é um dos candidatos à passagem à fase seguinte. Se o Sporting ganhar os dois jogos ao Skenderbeu e aos turcos em casa, é bem possível que o apuramento se concretize. Não que eu tenha grande vontade de ver o Sporting a jogar na Liga Europa em fevereiro e março.


Negativo

Teo, a finalizar - se o colombiano esteve muito bem sem bola, foi um autêntico desastre com a bola nos pés. Falhou 3 ou 4 oportunidades claras de golo que poderiam ter assegurado uma vitória confortável.

Combos ao contrário - ter William - a recuperar ritmo de jogo -, Aquilani, Teo e Bryan Ruiz no onze significava logo à partida uma coisa: o Sporting iria ter 30 minutos com 40% dos homens de campo em subrendimento, e não haveria substituições para os render a todos. Foi isso que se verificou, com a agravante de Ruiz ter sido encostado à ala quando Adrien entrou (e o costa-riquenho desapareceu do jogo, não só pelo cansaço mas também pelo posicionamento em campo). Esse período coincidiu com o melhor momento do Besiktas, em que acabámos por sofrer o golo e alguns arrepios na espinha.



Foi um bom treino, com experiências que poderão e deverão ser testadas novamente no domingo, e em que o apuramento na competição não ficou comprometido. Fiquei bastante mais satisfeito com os sinais do empate de hoje do que com os das vitórias contra o Rio Ave e Académica.