É mais por uma questão de falta de tempo do que por falta de vontade - se bem que a vontade é pouca - que não faço o comentário ao União - Sporting nos moldes do costume. Perceberão o motivo às 9 da manhã.
Foi um daqueles jogos em que parecia haver um escudo de forças que impedia a bola de entrar na baliza. Na realidade, por escudo de forças, entenda-se a boa exibição de André Moreira e uma enorme desinspiração finalizadora de muitos dos nossos jogadores. Do lado do União registou-se precisamente o oposto: uma oportunidade, um golo marcado, com muitas facilidades dadas do nosso lado: Ruiz com passe disparatado a oferecer a bola a um adversário, Esgaio a não acompanhar a linha de fora-de-jogo, Jefferson a demorar uma ETERNIDADE para se reposicionar após sair em contenção, e finalmente Esgaio a marcar o homem que era de Oliveira e a dar nas suas costas todo o espaço de que Danilo Dias precisava para marcar.
Dentro de tudo o que de mau aconteceu, e já dando o devido desconto em função da ineficácia finalizadora, dou um destaque positivo para Montero que, na primeira parte, foi o jogador mais ativo e esclarecido na construção de lances de ataque. Esgaio subiu bem pelo seu corredor, pena que tenha acabado por ter responsabilidades no golo do União. Na outra lateral esteve o pior jogador do Sporting: Jefferson. Está num momento de forma terrível, e pergunto-me se Jonathan não será mais útil - ou menos prejudicial, como preferirem - do que o brasileiro. Jefferson é daqueles jogadores que precisa de concorrência real para render. Foi assim no princípio da época passada e só se espevitou quando perdeu a titularidade. O Sporting ainda não confirmou Zeegelar, mas estamos de facto a precisar de reforçar aquela posição.
Esta derrota é tremendamente frustrante. Não só porque surge na sequência da eliminação da Taça de Portugal, mas também porque este era um jogo que era obrigatório ganhar para nos permitir encarar o clássico de 2 de janeiro com outro tipo de confiança. Por outro lado, é a primeira derrota para o campeonato ao fim de catorze jornadas. Aproveitemos a pausa para recarregar as baterias e inverter esta fase negativa. Já não estamos em primeiro, mas ainda há muito campeonato pela frente.