segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

O bom problema de Jorge Jesus

É já na próxima quinta-feira que o Sporting continuará o ciclo infernal de jogos que se prolonga até ao Natal. No espaço de tempo de dez dias teremos duas partidas decisivas para a continuidade do clube em duas das competições em que está envolvido: a Taça de Portugal e a Liga Europa. Para além disso, disputar-se-ão mais dois jogos fundamentais para a manutenção da liderança no campeonato.


Conforme Jorge Jesus disse no final do Lokomotiv - Sporting, a categórica vitória por 4-2 deixou-o com um problema para resolver: deve o treinador colocar a carne toda no assador frente ao Besiktas? Neste momento já não existe a necessidade de pensar na globalidade dos 540 minutos da fase de grupos, pois a continuidade na competição resume-se ao que o Sporting fará nos 90 minutos de quinta-feira. Justificará isso o risco de apresentarmos a nossa melhor equipa contra os turcos?

Apesar de continuar a acreditar que a Liga Europa é a terceira prioridade, na minha opinião justifica-se uma abordagem mais próxima daquilo que Jesus fez com o Lokomotiv em Moscovo do que com o Skenderbeu na Albânia. Ou seja, lançando um misto de jogadores habitualmente titulares com alguns suplentes, mas tendo sempre em consideração o nível de esforço a que os elementos do onze principal têm sido sujeitos. 

Desde que, no princípio do mês de novembro, Jesus poupou toda a equipa principal na Albânia, o Sporting realizou cinco jogos. Pelo meio houve uma paragem para as seleções. A utilização dos nossos jogadores neste período foi a seguinte:


Olhando para este quadro, saltam à vista quatro jogadores que têm sido submetidos a um esforço superior aos restantes: Bryan Ruiz, João Mário, William Carvalho e Slimani. Considerando que William "começou" a época dois meses mais tarde que os restantes e que Bruno Paulista está sem qualquer ritmo de jogo, não ficaria chocado se Jesus o utilizasse na quinta-feira.

Resumindo: espero que Jesus poupe no mínimo Bryan Ruiz, João Mário e Slimani. Ou seja, o máximo risco que calculo que possa ser assumido será com um onze assim:


De qualquer forma, não ficarei nada surpreendido nem chateado se o treinador decidir operar ainda mais mudanças. Troco de bom grado um apuramento para a Liga Europa pelas vitórias contra o Moreirense e Braga.