Não tenho memória de um início de campeonato em que a disparidade da felicidade está tão mal distribuída entre rivais. De um lado temos os jogos do Sporting, em que a taxa de eficácia finalizadora dos adversários tem sido incrivelmente elevada. Cada vez que vão lá à frente, marcam. No espectro oposto, estão os jogos do Benfica, com várias situações em que os adversários falham golos de forma incrível, como nos casos de Tondela, Braga ou Chaves.
Mas tudo isso é uma brincadeira de crianças quando comparado com o festival de golos que o Benfica marcou esta época que surgiram de ofertas surreais dos adversários. Em sete jornadas, já houve:
- dois autogolos (Nacional e Feirense) incríveis; um em que o guarda-redes deixa a bola passar-lhe mesmo à sua frente sem lhe tocar, outro em que um defensor faz um alívio mal direcionado sem estar a ser pressionado;
- dois golos que resultam de alívios feitos contra jogadores do Benfica (Arouca e Feirense); num dos casos (Arouca), o lance até parecia controlado pelo guarda-redes e por outro defesa, mas um terceiro jogador decidiu fazer um carrinho despropositado;
- um golo em que vários jogadores escorregam sozinhos em simultâneo;
- um golo marcado de cabeça na pequena área por um jogador deixado ao abandono num lance de bola parada;
- um golo marcado por um jogador sozinho na área, que recebeu a bola a partir de um corte mal direcionado de um adversário.
Um abuso. Acho que vou começar a fazer a chave do totoloto com os números das camisolas dos adversários do Benfica. :)