Se a falta de vergonha pagasse imposto, Carlos Janela seguramente que já não teria onde cair morto. Falamos de um homem que era abertamente contra a implementação do videoárbitro há menos de cinco meses. Ontem, dia em que a FPF anunciou a adoção do videoárbitro para os jogos da I Liga, e dia em que o Benfica finalmente se mostrou a favor da medida - após anos de oposição -, eis o que Carlos Janela teve a dizer sobre o assunto:
Não deve ser fácil a uma pessoa inventar desculpas para justificar uma súbita mudança de opinião quando é forçada a isso. Janela diz que acha que o videoárbitro atingiu um ponto de maturação que permite que seja aplicado em ligas nacionais. O problema é que, há cinco meses, não era uma questão de falta de maturação que levava Janela a descartar o videoárbitro como solução para o quer que fosse.
Janela foi muito claro em dezembro de 2016: o videoárbitro era um fracasso, adulterava a genética do futebol, que não iria resolver nada e, concluindo, não era aplicável.
De há cinco meses para cá, o único teste verdadeiramente a sério que existiu foi o França - Espanha, que, como sabemos, correu muito bem. Mas os princípios base utilizados neste teste foram os mesmos que já estavam previstos desde que os primeiros testes mais a sério iniciaram há dois anos. Podem recordar o exaustivo teste feito pela KNVB (a federação holandesa) neste LINK. Ou seja, não houve nenhuma alteração de fundo naquilo que já estava a ser pensado e testado no final de 2016.
Janela está tão bem informado sobre este assunto, que diz que apenas as ligas holandesa e portuguesa vão avançar com o sistema, e que nenhuma das grandes ligas o vai fazer já na próxima época. Falso, a liga italiana já confirmou que o vai fazer, e a liga alemã planeia fazer o mesmo.
Tentem não vomitar ao ver isto...