Fredy Montero foi anunciado esta manhã como novo reforço do Sporting. É um regresso que muitos sportinguistas saúdam - nomeadamente aqueles que nunca concordaram com a sua saída do clube há dois anos -, mas que eu, que na altura compreendi perfeitamente a decisão da SAD em vendê-lo, não vejo com particular entusiasmo.
No papel, Montero tem características que o tornam um candidato muito forte ao acasalamento (para usar a expressão de Jesus) com Dost: é um jogador inteligente que sabe movimentar-se entre linhas, tem excelente técnica de receção e passe, e, tão ou mais importante que isso, é um jogador com golo, muito por causa do seu killer instinct e do seu remate fácil e forte. O problema é o que depois acontece na prática. Não sendo um jogador intenso, o seu rendimento num dado dia depende demasiado do estado da sua inspiração.
Os números que Montero registou na Liga durante a meia época que fez com Jesus definem bem, na minha opinião, o tipo de jogador que é: nos cinco jogos que fez a titular, não marcou nenhum golo e só fez os 90 minutos num deles (na derrota com o União da Madeira); e marcou um total de três golos - todos eles decisivos, contra Nacional, Braga e Académica -, sempre na condição de suplente utilizado. Sempre que mostrava serviço e conseguia levar o treinador a apostar em si como titular, dava-lhes sequência com exibições frouxas em que parecia passar ao lado do jogo, e que terminavam, quase sempre, com a sua substituição.

Não serei o mais adepto mais entusiasmado com esta contratação, mas, como é óbvio, fico a desejar os maiores sucessos individuais para o colombiano - seria um sinal muito bom para o cumprimento dos nossos objetivos coletivos. Bem-vindo de volta, Fredy!