Seguindo à risca a tradição de Natal, as três prendinhas para Jesus foram entregues hoje, Dia de Reis, com a oficialização das contratações de:
Wendel: contrato até 2023, cláusula de rescisão de 60 milhões;
Misic: contrato até 2023, cláusula de rescisão de 60 milhões;
Rúben Ribeiro: contrato até 2020 mais um de opção, cláusula de rescisão de 60 milhões.
Wendel é box-to-box e tem fama de craque. Era pretendido pelo PSG - o que nunca é um mau cartão de visita -, mas questões relacionadas com o fair play financeiro acabaram por levar o negócio a abortar, o que permitiu ao Sporting aproveitar a oportunidade. Pelos vídeos que vi, parece ser um médio trabalhador e de muita técnica e velocidade, que estica o jogo com muita facilidade. Misic deve ocupar os mesmos terrenos que Battaglia e, pelo que me dizem, é um jogador com maior capacidade de passe, na boa distância e bolas paradas, mas menor agressividade defensiva do que o argentino. Rúben Ribeiro é o abre-latas que todos conhecemos da boa época que tem feito no Rio Ave.
Claro que todos eles terão que atravessar um período de adaptação ao país (no caso dos estrangeiros), ao clube e ao sistema de Jorge Jesus, pelo que é impossível prever qual o grau de utilidade que terão para o Sporting na segunda metade da época, mas há que louvar a estrutura sportinguista por não perder tempo no reforço do plantel - à semelhança do que já tinha acontecido no verão, a esmagadora maioria dos jogadores foram contratados antes da ida do estágio da Suiça -, a tempo de serem um fator nas opções do treinador no infernal período de fevereiro e março. Suponho que ainda esteja para vir um central e falta, a meu ver, aquela que é a maior lacuna do plantel: um segundo avançado com golo.