Falta uma semana para a realização da AG convocada por Jaime Marta Soares para que os sócios decidam a destituição ou permanência de Bruno de Carvalho e dos restantes elementos do Conselho Diretivo. Sendo este um momento de importância fulcral para o futuro do clube, é imperativo que os sócios votem em plena consciência do que pode significar a sua escolha.
Quem estiver inclinado para votar contra a destituição sabe com o que pode contar. Pode fazê-lo por acreditar que Bruno de Carvalho é a pessoa certa para ter no cargo ou, simplesmente, por considerar que, depois de tudo o que fez desde 2013, seria de uma enorme ingratidão estar a afastar o presidente do clube desta forma. Mas, seja por um motivo ou por outro, quem votar contra a destituição conhece todas as qualidades e defeitos de Bruno de Carvalho e, como tal, sabe qual o rumo que o clube terá. Para o bem e para o mal.
Mas o mesmo não se pode dizer de quem estiver inclinado para votar a favor da destituição. É uma opção legítima e perfeitamente justificável para quem pense não há cenário mais nocivo do que a permanência de Bruno de Carvalho, independentemente da pessoa ou grupo de pessoas que pegar depois no clube. No entanto, é conveniente que se tenha alguma ideia do que acontecerá no dia seguinte caso a destituição seja aprovada por maioria.
Como tal, existem clarificações urgentes que têm de ser feitas de imediato.
Em primeiro lugar: quem ocupará o lugar de Bruno de Carvalho até à realização de eleições? Jaime Marta Soares disse, na passada quarta-feira, que estaria por horas o anúncio da composição da Comissão de Gestão. Até agora, não o fez.
Em segundo lugar: é fundamental conhecer os nomes, mas é ainda mais fundamental saber qual o seu nível de compromisso relativamente às duas questões de curto prazo que mais preocupam os sportinguistas: a defesa dos interesses do Sporting no conflito das rescisões, e o cumprimento do novo acordo de reestruturação com a banca que permitirá ao clube recuperar as VMOCs nas condições recentemente negociadas.
São questões demasiado importantes para se estar a passar um cheque em branco a pessoas desconhecidas, e ainda mais quando são pessoas desconhecidas que serão escolhidas por um incompetente como Jaime Marta Soares.
P.S.: É importante também que todos os candidatos a candidatos se cheguem à frente ao longo desta semana, com os seus nomes fortes e ideias-chave do seu programa. O tempo de se manterem na sombra acabou, os sócios têm o direito a saber com o que podem contar.