Quem manda no Sporting são os sócios. Não são os adeptos sportinguistas que não querem ou não podem fazer parte da família, muito menos os adeptos de outros clubes, e ainda menos os profissionais da Comunicação Social que têm feito um pobre esforço para esconder as suas preferências pessoais em relação ao tema que domina a atualidade nacional como nenhum outro tema alguma vez dominou.
O que temos visto em Portugal não tem nada a ver com o Sporting, clube. As televisões descobriram um novo filão e decidiram substituir as repetitivas novelas portuguesas e brasileiras pela guerra de poder que há no clube. Transformaram os seus jornalistas desportivos em produtores e guionistas, dando palco a um interminável elenco de heróis, vulgo notáveis, e ao ocasional capanga que ainda teima em defender o inimigo número 1 de Portugal.
As sondagens que alguns jornais têm publicado nos últimos dias estão ao nível dos resumos dos próximos capítulos das novelas, ao melhor estilo da TV Guia. Não interessa se são sócios, se vão votar, e quantos votos terão na decisão de logo. O que interessa é que se garanta ao público desta novela que o capítulo final irá ao encontro das suas pretensões: o povo português, depois de ter investido tantas horas ao longo do último mês no acompanhamento desta trama carregada de heróis grisalhos e de um vilão sem escrúpulos seguido por uma legião de groupies acéfalos, merece um final feliz.
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O Sporting é dos sócios sportinguistas e de mais ninguém, e é assim que terá que continuar a ser... doa a quem doer.