
Os golos - o magnífico trabalho de Montero no primeiro golo de Nani, que devolveu os mortais a Alvalade; a combinação entre Montero e Diaby com o passe atrasado para o estouro de Bruno Fernandes; e o remate picado de primeira de Nani. Três golos bem trabalhados e de belo efeito que valeram a vitória mais folgada da época, uma noite tranquila e três pontos totalmente merecidos. Nota positiva para as exibições de Nani, Montero, Mathieu e Acuña, com alguns bons momentos de Diaby e Bruno Fernandes na segunda parte.
Os regressos - Mathieu voltou e realizou uma exibição muito sólida, tendo sido obrigado a um par de intervenções importantes na primeira parte. Dost teve a ovação da noite ao entrar após mais dois meses de ausência. Não teve tempo para muito, conseguindo apenas um remate sob pressão e duas ou três intervenções na ligação entre setores. Bruno César estreou-se na temporada e foi colocado no apoio a Dost. Três reforços que, cada qual da sua maneira, poderão acrescentar qualidade nos preenchidos meses de competição que vamos atravessar.
Corpos estranhos - Diaby demorou a entrar o jogo, mas a assistência para o golo de Bruno Fernandes pareceu-lhe dar confiança. Nota-se que Bruno Gaspar ainda não está na mesma página dos jogadores que ocupam terrenos mais próximos, como Coates, Diaby ou Bruno Fernandes. Gudelj raramente acrescenta algo com bola, alternando o alheamento na construção com passes disparatados.
Assobios - 8 minutos de jogo. O-i-t-o. Um passe em profundidade mal medido do Boavista morre nos pés de Renan. O Sporting tenta sair a jogar perante a pressão boavisteira. A bola vai para Mathieu, na esquerda, volta para Renan, que toca para a frente para Battaglia, que deixa em Mathieu, que vira para Coates que, pressionado, volta a dar a Renan, que devolve a Coates, que permite um corte e ganha lançamento. Ouvem-se assobios no estádio porque, aparentemente, há quem ache que a melhor maneira de se sair a jogar perante uma pressão adversária moderada é mandando um chutão para a frente. Junte-se a isso os vários assobios para as temporizações de Nani, que tem demonstrado frequentemente ser o jogador mais esclarecido em campo, os vários assobios para os cantos mal marcados (OK, aqui até compreendo), e os assobios no final porque os jogadores não se aproximaram da curva sul como de costume (depois de lhes terem devolvido as camisolas em Alverca, esperavam o quê?), e percebe-se bem que não é fácil ser-se jogador do Sporting nesta altura. Nunca é, verdade seja dita, mas agora ainda menos.
MVP - Nani
Nota artística - 3
Arbitragem - Carlos Xistra não teve um jogo difícil e soube geri-lo de forma competente.
Exibição e vitória sobre as quais talvez se possa iniciar uma série positiva de jogos. Segue-se a receção ao Estoril para a Taça da Liga na quarta-feira à noite (véspera de feriado) e uma viagem aos Açores para defrontar o surpreendente Santa Clara. É obrigatório ganhar os dois jogos, mas seria importante conseguir as vitórias de forma convincente. É fundamental que os (bons) jogadores que temos recuperem a confiança para voltarem a fazer aquilo de que são capazes.