Bas Dost: **
2017/18: ***
Iniciou a época a um excelente nível, chegando aos 10 golos apontados nas primeiras 13 jornadas (sendo que apenas foi titular em apenas 7 desses jogos devido a uma lesão no joelho). No entanto, caiu bruscamente de rendimento a partir de janeiro, sem qualquer confiança no momento de finalizar, ao ponto de parecer por completo um jogador inapto para alinhar numa equipa de primeira divisão. A lesão contraída acabou por ser uma benesse – para o jogador, que se arrastava nos relvados de forma deprimente, e para o clube, que encontraria em Luiz Phellype um goleador inesperado – que deu tempo ao holandês para se recompor psicologicamente. Ainda alinhou nas últimas quatro partidas – sempre como suplente usado -, mas foi o suficiente para voltar a colocar o seu nome na lista dos marcadores por duas ocasiões, ambas no Jamor, contra Belenenses e Porto, parecendo-se muito mais com o Dost que nos habituámos a admirar.
É pouco provável que continue devido ao incomportável salário que Cintra lhe ofereceu quando voltou da rescisão. O Sporting não se pode dar ao luxo de pagar 6 milhões de euros brutos a um único jogador.
Luiz Phellype: **
Analisando estritamente do ponto de vista do custo/rendimento, a contratação de Luiz Phellype foi um completo sucesso - nos últimos anos, apenas um jogador ficou acima nesta escala: Islam Slimani. O brasileiro não se integrou de imediato e precisou de tempo para apurar a forma física. A lesão de Dost deu-lhe o tempo e o espaço que precisava para se impor. Nos últimos 10 jogos da temporada, assinou 8 golos, incluindo um golo no Dragão e o penálti decisivo na final da Taça.
Ainda é difícil avaliar se Luiz Phellype tem o que é necessário para ser o ponta-de-lança do Sporting. A forma como o Sporting se apresentou nos últimos meses não era propício a um volume de jogo ofensivo propício para alimentar goleadores, mas o brasileiro conseguiu uma taxa considerável de concretização das oportunidades flagrantes de que dispôs. Independentemente disso, é um jogador com quem se poderá contar para 2019/20.
Fredy Montero: *
2017/18: **
2015/16: *
2014/15: **
2013/14: **
Montero foi em 2019/20 exatamente aquilo que dele se poderia esperar: talentoso tecnicamente, mas sem a consistência competitiva necessária, podendo, no máximo, ser considerado um jogador útil para se ter no plantel. No entanto, os 3 milhões de euros anuais que recebia obrigavam a que fosse mais do que um jogador útil e pouco fiável, pelo que a decisão de o deixar sair para a MLS se compreende perfeitamente.
Pedro Marques: -
31 minutos na Liga Europa para se mostrar aos sportinguistas. Precisa de se impor nos sub-23 antes de poder ambicionar fazer parte do plantel principal.
Raphinha: **
Não teve um começo de época complicado, com exibições abaixo do esperado – como tantos outros colegas – com Peseiro, ao que se juntou uma lesão contraída dias antes da entrada de Keizer que o deixou de fora dos relvados até ao final de dezembro. Progressivamente foi ganhando o seu espaço na equipa e terminou a época em bom nível como titular. 7 golos e 5 assistências são números abaixo do que pode fazer, mas, agora que está plenamente adaptado ao clube e ao treinador, tem todas as condições para explodir em 2019/20.
Abdoulay Diaby: *
Um caso oposto ao de Raphinha. Diaby tem números (7 golos e 8 assistências) que dão uma imagem errada (pela positiva) daquilo que rendeu em campo. Cintra apresentou-o como o jogador mais rápido do futebol português (Rafa deve ter-se rido às gargalhadas), e, de facto, Diaby assemelhou-se mais a um atleta do que a um futebolista – mas não na velocidade, mais na sua (falta de) relação com a bola, tantos foram os momentos constrangedores que proporcionou. Um flop de 5,5 milhões que não tem lugar no plantel da próxima época.
Jovane Cabral: *
Teve um impacto inesperadamente positivo na fase inicial da época. Soube fazer uso da sua capacidade física quando lançado a meio da segunda parte para abanar o jogo. É, efetivamente, um jogador útil para ter no banco, como atestam os números: 4 golos e 8 assistências em 1.193 minutos de utilização, que dá uma média inferior a 1 golo/assistência por cada 100 minutos. No entanto, não tem capacidade neste momento (nem sei se alguma vez terá) para mais do que isso. Jogando como titular, raramente conseguiu justificar a aposta. Jovane marcou 4 golos e fez 5 assistência entrando como suplente; como titular apenas registou 3 assistências.
Suponho que em 2019/20, o melhor para Jovane seja o empréstimo a outra equipa da I Liga.
Nani: **
2014/15: **
Foi provavelmente a grande contratação da época e foi um dos jogadores em destaque com José Peseiro – numa altura em que Bruno Fernandes estava a render muito abaixo do que pode. Esteve ao nível das expetativas criadas, jogando e fazendo jogar, ainda que – mais uma vez -, grande parte das bancadas não conseguisse compreender as suas contemporizações à espera de uma boa opção para dar sequência à jogada.
A sua saída em janeiro foi, por isso, inesperada e mal compreendida entre os adeptos. A componente salarial terá tido um peso fulcral nessa decisão, mas, ao que se diz, não seria fonte de bom ambiente no balneário. A verdade é que a equipa não se ressentiu da sua saída - nem desportivamente, nem, sobretudo, ao nível da liderança dentro de campo.