quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

As opiniões de Futre


Diz o Record que Paulo Futre vai passar a ter o seu espaço no jornal.

Honestamente não me posso ralar menos. Futre é uma figura que abomino por tudo o que de mau fez ao Sporting.

Saíu do Sporting, clube que o formou, para o Porto, alegando problemas psicológicos. Ao sair do Atlético Madrid, chegou a ter tudo acertado com o Sporting mas roeu a corda e foi parar ao Benfica. A estadia foi curta mas a facada profunda, agravada pelo facto de nos ter marcado um golo num jogo em que perdemos precisamente por 1-0.

Anos mais tarde Dias Ferreira escolheu Futre para seu homem forte do futebol na candidatura às eleições de 2011. Ficou célebre aquela conferência de imprensa que nos mostrou um Futre com um comportamento no mínimo bizarro, para não dizer pior. O episódio do "sócio, por favor, estou concentradíssimo" ou dos charters de chineses entraram no anedotário nacional, mas curiosamente a sua popularidade explodiu, demonstrando que em Portugal há de facto uma veneração pela mediocridade.

Para mim, o mais grave dessa conferência de imprensa não foi a forma como Futre se apresentou. Foi o conteúdo do que disse. É que mais tarde, meses após as eleições, Futre teve o desplante de dizer publicamente que se tinha lembrado da ideia do plantel 20+1 e dos charters de chineses umas horas antes da conferência de imprensa, enquanto conduzia de Madrid para Lisboa, como uma forma de fazer com que toda a gente falasse da sua candidatura.

É mesmo para gozar com a cara dos sportinguistas.

Portanto, que Futre seja muito feliz a escrever para o Record. Mas se por acaso escrever sobre o Sporting, espero que não faça de conta que se preocupa com o clube. Teve no passado oportunidades suficientes para o demonstrar por atos, mas optou sempre por não o fazer.