sábado, 16 de agosto de 2014

Abatidos por tiros nos pés

                                                                                                                                          
Foi única e exclusivamente por falta de inteligência que não trouxemos os três pontos de Coimbra. A atitude, a organização, o talento estiveram lá todos, mas acabámos por entregar o empate à Académica graças a um punhado de asneiras que a maior parte dos miúdos dos juvenis não cometeriam:

  • Ainda na primeira parte, com o resultado em 0-1, tivemos dois lances de golo que Héldon desperdiçou por escolher a pior das opções que tinha: primeiro optando por rematar de ângulo apertado quando tinha dois jogadores no meio preparados para encostar para golo, e depois num lance de contra-ataque em que tardou a soltar a bola para dois jogadores que se preparavam para ficar isolados na área;
  • O 2º amarelo de William Carvalho, por uma falta completamente escusada a meio do meio-campo adversário, que mudou totalmente a partida: o Sporting tinha o jogo controlado e a partir daí foi obrigado a defender o resultado nos 25 minutos que restavam;
  • O péssimo alívio de Carrillo para o interior da área, que esteve na origem do golo do empate.

Enquanto esteve onze contra onze, o Sporting mandou no jogo sob a batuta de um Carrillo extraordinário, que esteve na origem da maior parte dos lances de perigo da equipa. De destacar também um grande jogo de Jefferson, que fez o cruzamento para o golo do peruano. Também estiveram muito bem Cédric (até sair lesionado ao intervalo), William (até à expulsão) e Adrien.


Como é evidente, a expulsão de William virou completamente o sentido do jogo, obrigando a equipa entrar em modo sacrifício para segurar o resultado.

Rui Patrício acabou por não ter muito trabalho, não podia fazer nada no golo, mas fez uma defesa do outro mundo ao defender um remate fortíssimo que foi desviado pelo corpo de um defesa. Não seriam muitos os guarda-redes que teriam apanhado aquela bola.

Não estou nada de acordo com a análise que Luís Freitas Lobo fez no final, atribuindo as culpas do empate a Marco Silva por ter optado, após a expulsão, por manter os dois extremos e Montero, em vez de reforçar o meio-campo. O Sporting soube sofrer, a Académica já estava claramente a perder fulgor e não dispôs assim de tantas ocasiões de perigo iminente (lembro-me de duas, sendo que o Sporting também teve ocasiões para matar o jogo), e foi um erro individual completamente escusado que acabou por condenar a equipa.

Primeiros dois pontos desperdiçados, só nos podemos queixar de nós próprios, mas os sinais são bons. Para a semana há mais.

Os melhores: Carrillo, Jefferson, Rui Patrício
Os piores: William Carvalho, Héldon