Se há quatro anos Paulo Bento acabou por ser parte da solução, hoje é indiscutivelmente parte do problema - mas não é o único culpado. Diz-se que a vida é feita de ciclos, e quando atingimos um ponto tão baixo quanto aquele que vivemos ontem, devia ser claro para os responsáveis da federação que é preciso uma abordagem diferente e imediata se quisermos marcar presença no Mundial 2018 (não me passa pela cabeça que não nos qualifiquemos para o Euro 2016).
Setembro de 2010 |
Setembro de 2010 |
Neste ciclo de quatro anos, tivemos uma brilhante participação no Euro 2012, mas houve uma total ausência de um trabalho de continuidade que deveria preparar a entrada progressiva dos melhores jovens valores, e regulamentar as competições de forma a incentivar a aposta dos clubes nos produtos da sua formação. Em contrapartida, preferiu-se proteger desmesuradamente um núcleo duro carregado de jogadores acomodados, e assobiar para o lado à medida que os grandes faziam do jogador português uma espécie em via de extinção - e, para compor o ramalhete, fechando a porta a qualquer jogador que alinhe em Portugal em clubes que não o Sporting, Benfica, Porto e Braga.
Andou tudo a dormir à sombra da bananeira. O resultado só podia ser este.