segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Capas que não fizeram história, nº 44: Sensação de déjà-vu

                                                                                                                                         
Se há quatro anos Paulo Bento acabou por ser parte da solução, hoje é indiscutivelmente parte do problema - mas não é o único culpado. Diz-se que a vida é feita de ciclos, e quando atingimos um ponto tão baixo quanto aquele que vivemos ontem, devia ser claro para os responsáveis da federação que é preciso uma abordagem diferente e imediata se quisermos marcar presença no Mundial 2018 (não me passa pela cabeça que não nos qualifiquemos para o Euro 2016).

Setembro de 2010

Setembro de 2010

Neste ciclo de quatro anos, tivemos uma brilhante participação no Euro 2012, mas houve uma total ausência de um trabalho de continuidade que deveria preparar a entrada progressiva dos melhores jovens valores, e regulamentar as competições de forma a incentivar a aposta dos clubes nos produtos da sua formação. Em contrapartida, preferiu-se proteger desmesuradamente um núcleo duro carregado de jogadores acomodados, e assobiar para o lado à medida que os grandes faziam do jogador português uma espécie em via de extinção - e, para compor o ramalhete, fechando a porta a qualquer jogador que alinhe em Portugal em clubes que não o Sporting, Benfica, Porto e Braga.

Andou tudo a dormir à sombra da bananeira. O resultado só podia ser este.