A Standard&Poor's divulgou há dias um relatório em que faz a análise de situação de 44 clubes europeus. Essa análise é feita através de um modelo adaptado à indústria do futebol, tendo em consideração indicadores mais genéricos como a situação económica do país, até outros bastante mais específicos como os indicadores financeiros e desportivos de cada clube. Um outro indicador que também é usado pela S&P é a perceção de risco que o mercado tem para um determinado clube.
Dentro desses 44 clubes analisados, estão os 3 grandes portugueses, que são sociedades cotadas em bolsa e cujas contas são públicas.
De um ponto de vista da análise de indicadores exclusivamente financeiros, é sem surpresa que o Sporting é o clube português que aparece em pior situação:
No entanto, quando se acrescentam a esta análise financeira outros indicadores desportivos e de perceção do mercado, o panorama muda consideravelmente.
De notar que esta lista contém apenas clubes cotados em bolsa, ou seja, a S&P só coloca nesta tabela clubes em que o público pode investir. Os outros clubes são empresas privadas, cujo capital está fechado a investidores.
Os três clubes portugueses têm a classificação ccc, que é uma péssima classificação - bem pior que a classificação do país, que é de bb.
Ao nível das probabilidades de incumprimento (ou bancarrota, como preferirem) a curto prazo, é que as coisas já não são tão iguais: 6,18% para o Sporting, 6,45% para o Porto, e 41,74% para o Benfica.
Como é evidente, este modelo da Standard&Poor's tem uma falha grave: não leva em consideração as entrevistas de Luís Filipe Vieira à Benfica TV.