segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Liga Europa: recuperar a máxima de pensar jogo a jogo

in record.pt

A minha opinião sobre aquilo a que podemos aspirar na Liga Europa não mudou com o desapontante empate de ontem: é impensável que possamos ser considerados favoritos nesta competição.

Existe uma diferença de orçamentos demasiado grande entre o Sporting para muitas das equipas ainda em prova para podermos achar que o Sporting tem a obrigação de eliminar qualquer equipa que lhe apareça ao caminho. Como é evidente, 

O facto de o Benfica ter chegado à final nos últimos dois anos não significa que a prova se tenha tornado um passeio para qualquer equipa com ambições. O Benfica chegou à final nos últimos dois anos porque tinha um plantel com grande profundidade, capaz de suportar o desgaste acumulado de jogar consecutivamente de quatro em quatro dias.. 

É verdade que olhando para o leque de adversários, não vejo nenhum a quem não possamos vencer numa noite inspirada. Não há tubarões, não há missões impossíveis. A participação na Champions mostrou-nos que temos material para competir com qualquer uma das equipas que estão este ano na Liga Europa (continuando a ser urgente contratar em janeiro um central que dê outras garantias), mas fiquemo-nos por aí - será necessário uma conjugação muito feliz de fatores (nível de forma de elementos-chave, ausência de lesões, sorteios favoráveis, etc.) para conseguirmos chegar longe na competição.

Como tal, parece-me oportuno recuperar a máxima de pensar jogo a jogo, e logo veremos onde chegamos. Sem obrigações de espécie alguma.

Quanto ao sorteio, lá está: seria simpático que pudéssemos retardar lá mais para a frente o confronto com os adversários mais difíceis (que na minha opinião são, por ordem de dificuldade decrescente, Roma, Wolfsburgo, Sevilha e Liverpool). Uma visita à Dinamarca ou Suiça seria particularmente agradável.