quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Dentro das expetativas

Mesmo tratando-se de uma equipa composta por jogadores que não são da primeira linha do clube, é evidente que o resultado de hoje fica bastante aquém do exigível. Depois de marcarmos cedo através de uma oferta de um adversário e de ficarmos em vantagem numérica ainda durante a primeira parte, é difícil de compreender como foi possível deixarmos o Setúbal empatar e não conseguirmos concretizar sequer uma das muitas oportunidades que tivemos para marcar. O nosso destino na competição depende agora de terceiros, algo que fica dentro das expetativas que a maior parte de nós tinha quando foram conhecidos os grupos da Taça da Liga.

Do jogo de hoje não há muitas notas positivas a retirar: gostei mais uma vez de Wallyson e pareceu-me que Rabia fez um jogo bastante seguro. No lado das desilusões esteve Tanaka, que não conseguiu sequer fazer um remate de perigo nas muitas oportunidades de que dispôs. A sua desinspiração esteve longe de ser um caso isolado na equipa, mas foi mais uma vez evidente que, à semelhança de Montero, não é jogador para ser colocado sozinho na frente.

Como também se esperava, estes quatro jogos foram bastante úteis para percebermos melhor com quem podemos ou não contar para as provas realmente importantes. Sarr não garante os mínimos de segurança necessários para poder fazer parte do plantel principal, enquanto que Tanaka, Rosell e André Martins desperdiçaram as oportunidades que tiveram para se mostrarem como alternativas reais para o onze titular. Slavchev, Geraldes e Rabia deram alguns sinais de vida, enquanto que Podence e Esgaio tiveram alguns momentos positivos - mas precisam de passar para outro patamar competitivo para poderem fazer parte do plantel principal em definitivo.

Em contrapartida, creio que ganhámos três jogadores para o futuro imediato. Tobias conquistou em definitivo um lugar no plantel principal, enquanto que Gauld e Wallyson mostraram que podem seguir o mesmo caminho já. Aliás, não compreenderei se Marco Silva não lhes der oportunidades a curto prazo no banco de suplentes e minutos em função das ocorrências da partida. Parece-me que neste momento merecem estar na rotação do plantel à frente de Rosell ou André Martins, por exemplo. Gerir um grupo de trabalho em função do mérito parece-me um princípio bastante saudável.