Desde que regressou da lesão contraída no Bessa, Nani ainda não fez nenhuma exibição de encher o olho que tenha sido decisiva para o Sporting. Não que esteja a jogar mal ou que não ande a contribuir para as estatísticas ofensivas da equipa: voltou aos relavados no jogo contra o Estoril e desde então, com ele em campo, ganhámos por 4 vezes em 4 jogos, nos quais marcou um golo e fez uma assistência.
Creio que estaremos todos de acordo em como ainda não regressou ao nível de forma que nos encantou antes do jogo com o Boavista, mas há algo que me leva a acreditar que no próximo domingo o jogador voltará às grandes exibições: é nos momentos mais desafiantes que o melhor Nani costuma aparecer.
Falamos de alguém que já teve a responsabilidade de bater um 5º penálti numa final da Champions, sabendo que se falhasse o seu clube perderia o troféu, e marcou-o. Não há jogador mais testado para assumir as responsabilidades nos momentos das grandes decisões, e já o demonstrou por diversas vezes nesta época.
Por exemplo, foi assim no mata-mata do Dragão para a Taça e nas decisivas receções ao Schalke e Maribor para a Champions. Sempre que a nossa continuidade numa competição esteve em causa, Nani assumiu a responsabilidade de liderar a equipa e fê-lo com sucesso. Não só pelo indiscutível talento e génio que possui, mas também por uma outra qualidade que certamente amanhã surgirá e poderá fazer a diferença: é um jogador que cresce nos momentos de maior pressão.
Domingo terá um estádio cheio à sua espera, e o eterno rival e líder do campeonato do outro lado do campo. Será um jogo mesmo à sua medida. Esperemos que o grande Nani esteja de volta.