Não deve haver jogo em que eu não deseje uma entrada forte do Sporting de forma a tentar assegurar a vitória o mais rapidamente possível e evitar dissabores inesperados, mas a verdade é que até agora foram poucas as partidas em que isso efetivamente aconteceu. Para todos os efeitos os jogos têm 90 minutos e o Sporting tem garantido a maior parte dos seus pontos essencialmente pelo que tem feito durante as segundas partes das partidas. Pior para o meu coração, mas desde que os três pontos fiquem connosco não há problema.
No entanto, para o jogo de logo, a tal entrada forte não se limita a ser apenas um desejo que poupe o meu coração de sofrimento desnecessário: creio que se trata mesmo de uma necessidade. É que, conforme o Twitter do Sporting escreveu (com muita piada):
Não é em Aveiro. É no campo do Arouca, em Arouca. No previsível batatal de Arouca.
Será muito duvidoso que o relvado se mantenha em condições durante mais do que 45/60 minutos, pelo que se queremos superiorizarmo-nos ao Arouca pelo talento dos nossos jogadores convém que não reservemos os nossos melhores argumentos para a meia-hora final.
Ainda por cima não há Slimani, o que significa que as probabilidades de sucesso ao despejar bolas para o interior da área acabam por ficar mais reduzidas - e foi assim que acabámos por assegurar os três pontos na época passada. E também não há Nani e Jefferson, dois dos jogadores que mais assistências para golo fazem.
Não conseguindo a vantagem do marcador cedo, será inevitável a entrada de Tanaka para apoiar Montero ao longo da segunda parte de forma a garantir maior presença na área para disputar as bolas que previsivelmente começaremos a bombear. Mas até lá, parece-me que teremos que utilizar um sistema mais tradicional.
Quanto à importância do jogo creio que estaremos todos de acordo: é fulcral vencer e de pouco nos servirá estarmos já com a cabeça no jogo do próximo fim-de-semana. Estes 3 pontos valem tanto quanto os próximos, pelo que há que fazer tudo ao nosso alcance para os conseguir.
